Pianista Eduardo Torres / Foto: Divulgação |
Apresentação neste domingo (16)!
PETRÓPOLIS. Domingo, 16 de
julho, às 17h o Teatro Reynaldo Chaves, localizado nas dependências da Escola
de Música Santa Cecília, apresenta o Concerto de Piano com Eduardo Torres.
Carioca de Vila Isabel,
Eduardo Torres é pianista, professor de piano e pesquisador, atualmente
residente na cidade de Campinas (SP). Bacharel em piano pela UFRJ (2014),
mestre em música pela mesma instituição (2017), e neste momento está vinculado
ao programa de doutorado da UFRJ.
O profissional iniciou a
formação pianística aos 10 anos de idade na Escola de Música Villa-Lobos,
tradicional instituição localizada no centro do Rio de Janeiro. Ao longo da
trajetória profissional, já realizou inúmeros recitais, entre outras
apresentações públicas, trabalhou com teatro e no mercado de casamentos.
Desenvolve deste 2013
atividades de pesquisa no campo da cognição musical relacionada à atenção,
motivação e memória dos músicos, principalmente pianistas, resultado de sua
atividade como professor e estudante, e tem apresentado o resultado de suas pesquisas
em eventos acadêmicos de relevância nacional e internacional.
Para a apresentação o artista
elaborou um programa com seleção a dedo. As composições apresentadas serão:
W.A. MOZART - Sonata K. 279; F-CHOPIN - Balada em sol menor, op. 23; F.CHOPIN
Estudos, op. 10 nº 12 e op. 25 nº 1; Carlos Gomes – Mormorio; H. VILLA-LOBOS -
Choros nº 5; H. VILLA-LOBOS - Valsa da Dor e H. VILLA-LOBOS - A Lenda do
Caboclo.
De acordo com a Escola de
Música Santa Cecília a partir de agora serão realizados concertos periodicamente
no Teatro Reynaldo Chaves, sob a coordenação de Jorge Saraiva.
As reservas de ingressos podem
ser realizadas pelo Whatsapp (21) 99411-6137 ou diretamente na Escola de
Música, a R$30,00 (trinta reais) a inteira e R$15,00 (quinze reais) meia entrada,
destinada a estudantes, idosos, pcd – pessoas com deficiência e portadores do
CadÚnico.
Sobre a Escola de Música Santa Cecília
A Escola de Música Santa
Cecília, foi fundada em 16 de Fevereiro de 1893, pelo professor de música João
Paulo Carneiro Pinto, pernambucano talentoso e músico conhecido por sua
excelência, atestada por uma das suas premiações, a “Medalha de Ouro” do Conservatório
de Música do Rio de Janeiro. O professor, trazido para Petrópolis pela Família
do Barão Araujo, que venerava Petrópolis, assim como outras tantas famílias que
tinham a cidade como refúgio do calor e dos problemas de saúde que enfrentavam
na então capital do Brasil, Rio de Janeiro.
Além disso, com a
industrialização, na última década do século XIX, Petrópolis atraiu
trabalhadores do exterior, como também de todo país, estabelecendo uma união
estreita da cidade com os mineiros imigrantes, através do trem de ferro. A
República, recém instaurada, sofria pressões políticas, e a Revolta da Armada
contra o governo de Floriano Peixoto feria a paz, estando decidida a mudança da
capital do Estado do Rio de Janeiro para Petrópolis. Os verões alegres da cidade,
a tranquilidade, o ambiente saudável, a garantia de emprego, tornaram-se
atrativos para uma nova população que pouco a pouco integrou-se aos colonos
alemães.
Por causa de toda esta
ebulição, o músico João Paulo Carneiro Pinto, abandonou a vida carioca, fixou
residência em Petrópolis, onde inaugurou um ensino de música para 34 crianças
bem dotadas musicalmente e, principalmente, sem recursos, na escola que leva o
nome da padroeira da música, Santa Cecília. Passando de um prédio a outro de
doações e subvenções do poder público e do empresariado, a Escola foi
inicialmente acolhida no Hotel Bragança, que nada cobrava do maestro.
A escola de Paulo Carneiro
tornou-se presença obrigatória em toda a vida cultural e festiva de Petrópolis,
não só pelo ensino como pela orquestra, participante efetiva de todas as
festividades públicas e particulares. A extraordinária e muito respeitada
figura do maestro foi presença marcante na vida petropolitana. Ao falecer, a 10
de Setembro de 1923, seu último pedido a amigos e devotados auxiliares: Não
deixem morrer a minha Escola!
Na manhã de 23 de Setembro de
1923 reuniram-se esses amigos com Sanctino Carneiro, filho do maestro, que
abriu mão de todos os bens do pai – representados por instrumentos musicais e a
própria escola – iniciando a organização da sociedade civil, hoje conhecida
como a Escola de Música Santa Cecília.
De prédio em prédio, a
sociedade adquiriu, por fim, uma pequenina casa na rua Marechal Deodoro, número
192, esquina da Rua Marechal Deodoro com a Rua General Osorio, onde se instalou
com cursos musicais, abrindo seu salão para atividades artísticas em geral, que
abrigavam também um cine-teatro. Graças a uma campanha sólida de arrecadação
junto à população petropolitana, em 1950 o pequeno prédio foi demolido e as
obras começaram. Durante o período de construção, a escola funcionou no Palácio
de Cristal. Cinco anos depois, em 1955 foram inaugurados o Edifício Paulo
Carneiro e o Teatro Santa Cecília, consolidando o sonho do Maestro Paulo
Caneiro.
Esta ano, a Escola de Música
Santa Cecília comemorou 130 anos de existência. Dentre as centenas de alunos,
professores e dirigentes, que passaram por seus bancos escolares e
administrativos, destacam-se três notáveis personalidades musicais, todos
petropolitanos natos, representantes de três fases da Escola: da primeira
(século XIX), a pianista Magdalena Tagliaferro, aluna do maestro Paulo
Carneiro; da segunda (primeira metade do século XX), o maestro, pesquisador e
compositor César Guerra-Peixe; e da terceira (segunda metade do século XX), o
maestro, compositor e pesquisador Ernani Aguiar.
Serviço
Escola de Música Santa Cecília
Rua General Osório, 192
(25620-160) Centro, Petrópolis
– RJ
Telefone e Whatsapp: (24)
2242-2191
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