Quarteto Atlântico / Foto: Facebbok |
Abertura será no sábado!
PETRÓPOLIS. De 14 a 23 de
julho, o Instituto Dell’Arte promove a 22ª edição do tradicional Festival de
Inverno de Petrópolis e celebra o início de uma importante parceria com a
UNIFASE. O Teatro da Sala Arthur de Sá Earp Neto receberá, sempre às 18h30, a
Série Dellarte, com concertos de música clássica com os mais representativos
artistas do gênero. Toda a programação é gratuita, ancorada na “Campanha
da Solidariedade”, com o objetivo de arrecadar alimentos para instituições
carentes da região.
A abertura da Série Dellarte
na UNIFASE será no sábado (15), com o Quarteto Atlântico (Ivan Scheinvar e
Thiago Teixeira nos violinos, Luiz Felipe Ferreira na viola e Bruno Valente no
violoncelo). Seus quatro integrantes são membros de importantes orquestras
cariocas. O grupo, que completa 10 anos neste ano, apresentará um repertório de
peso, com obras de Osvaldo Lacerda, Samuel Barber e Beethoven.
No domingo (16), o Duo Gerk
& Lima, formado pela soprano Maria Gerk e pelo violonista Marco Lima,
apresentará um breve panorama da música de câmara espanhola do século XX para
voz e violão. O recital visita a obra para violão solo de Joaquín Turina com
Sevillana (Fantasía), e apresenta o ciclo Tres Canciones Españolas, de Joaquín
Rodrigo, culminando no ciclo de canções Siete Canciones Populares Españolas, de
Manuel de Falla.
Na quarta-feira (19), o Trio
Elisa Fukuda, com Marcos Aragoni ao piano, Elisa Fukuda ao violino e Moisés
Ferreira no violoncelo, apresenta no repertório Trios de Mendelssohn e
Beethoven. Com destaque para o Trio Op.70 n.1, em ré maior, de Beethoven, que
ganhou o epíteto de “Fantasma”. A alcunha foi dada por Carl Czerny, pianista,
compositor, pupilo e amigo do grande mestre, que disse que o segundo movimento
do trio sempre lhe remetia à aparição do fantasma de Banquo em Macbeth.
Curiosamente, Beethoven tinha planos para compor uma ópera sobre a tragédia
Shakespeariana, e já estava ensaiando algumas ideias para ela no Trio em ré
maior, mas não se sabe se Czerny tinha conhecimento disso. O Trio n.1, em
ré menor, Op. 49, expõe a maturidade composicional de Mendelssohn, numa
peça que oferece generosas e belíssimas melodias para todas as vozes, em
movimentos que mesclam profunda beleza e nobre vigor.
A programação continua na
quinta-feira (20), com o Trio Aquarius, um dos conjuntos de câmara mais
longevos do Brasil, formado por músicos de destaque do cenário musical
brasileira, com Flávio Augusto ao piano, Ricardo Amado no violino e Ricardo
Santoro no violoncelo. No programa, o Trio em sol maior, Hob. XV: 25, de Haydn,
Cinco miniaturas brasileiras, de Villani-Côrtes e "As Quatro Estações
Portenhas", de Astor Piazzolla. Compostas originalmente para violino,
guitarra elétrica, piano, baixo e bandoneón, nesta apresentação serão adaptadas
para a formação do trio. As "Estações", inevitavelmente comparadas às
suas primas alguns séculos mais velhos, escritas por Antonio Vivaldi, resumem a
essência de Piazzolla em seu brilhante sincretismo estilístico: por misturarem
habilmente o tango, o clássico e o jazz.
Sexta-feira (21), a aclamada
Orquestra Sinfônica Mariuccia Iacovino, de Campos dos Goytacazes, traz um
programa eclético, com temas de Dominguinhos, Tchaikovsky, Gershwin, Sivuca e
Chico da Silva, entre outros. Formada em 1995, a partir da inclusão de seu
projeto na ONG Orquestrando a Vida, a OSMI é composta de 58 músicos e tem
direção geral do maestro Jony William Villela.
Sábado (22), o Duo Braga &
Balloussier apresentará peças para violoncelo e piano de Schubert, Janáček,
Arthur Napoleão e Piazzolla. O violoncelista Miguel Braga, apesar de jovem, já
traz em seu currículo concertos como solista à frente de importantes orquestras
brasileiras e prêmios em concursos nacionais. Katia Balloussier, camerista
experiente, desde 1997 ocupa o cargo de pianista acompanhadora da Universidade
Federal do Estado do Rio de Janeiro. Se apresentou com as principais orquestras
do país e é uma referência do piano nacional. Neste programa, o duo
explora as nuances da formação com a delicadeza de “Romance”, de Arthur
Napoleão; um mundo de fantasia inspirada num conto russo evocado pela linguagem
única de Janáček em seu “O Conto”; as acrobacias técnicas da “Sonata
Arpeggione”, de Schubert, que dão bastante espaço de vitrine para o violoncelo
solista e, por fim, “Le Grand Tango”, de Piazzolla, que sempre une virtuosismo
e drama, luxúria e exuberância.
O grupo PianOrquestra,
indicado recentemente como Melhor Grupo Instrumental ao Prêmio da Música
Brasileira, traz o show de lançamento de seu álbum “CollectivA” no domingo
(23), fechando a programação de clássicos na UNIFASE. O repertório
explora obras icônicas da literatura do piano brasileiro, incluindo
compositores das primeira e segunda gerações nacionalistas (Villa-Lobos e
Santoro), evoluindo com Pixinguinha, Hermeto e Egberto, pilares da música
instrumental brasileira, além de contemporâneos como Amaral Vieira e um novo
arranjo para uma composição autoral (Ciranda).
"É uma alegria muito
grande fazer parte dessa edição do Festival de Inverno, recebendo aqui no
teatro da UNIFASE essas musicistas e esses músicos maravilhosos. Acreditamos
muito no poder da arte, em tocar as pessoas através das emoções despertadas
pela música. Como uma instituição de ensino, celebramos o diálogo da educação e
da arte, pela liberdade", comenta Ricardo Tammela, coordenador de Projetos
e Extensão da UNIFASE.
O Festival de Inverno é
apresentado pelo Ministério da Cultura, Águas do Imperador e Prefeitura de
Petrópolis, patrocinado por Eletrobras Furnas, apoio da UNIFASE, apoio
institucional da Prefeitura de Petrópolis, produção da Dellarte, realização do
Instituto Dell’Arte e Ministério da Cultura, Governo Federal / União e
Reconstrução.
Serviço:
22º Festival de Inverno de
Petrópolis
Série Dellarte
Local: Teatro da Sala Arthur
de Sá Earp Neto –Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto (UNIFASE)
Endereço: Av. Barão do Rio
Branco, 1003 - Centro
Horário: 18h30
GRÁTIS
Classificação Indicativa:
Livre
Programação sujeita a
alterações
Mais informações: www.dellarte.com.br
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