PETRÓPOLIS. Agosto é o mês
dedicado ao aleitamento materno. A campanha conhecida como Agosto Dourado visa
destacar a importância da amamentação para o desenvolvimento infantil, ajudando
a evitar doenças e aumentando o vínculo afetivo entre mãe e bebê. Contudo, o
processo da amamentação nem sempre é fácil e algumas informações erradas podem
tornar este momento ainda mais difícil.
Segundo o responsável pela
Pediatria do Hospital Santa Teresa, o pediatra Flávio Figueirinha, existem
muitas dúvidas a respeito do aleitamento materno. Por isso, esclareceu alguns
mitos que podem ser prejudiciais para a saúde da mulher e de seu filho. Confira
abaixo:
- O bebê tem que ser amamentado a cada três horas
Mito. A amamentação deve ser
feita em livre demanda, sempre que o bebê quiser ou apresentar sinais de fome e
sede.
- Mamadeira ou chupeta atrapalham a amamentação materna
Verdade. Prejudicam a correta
maturação funcional oral, alterando a postura e a tonicidade dos músculos.
Também podem levar a alterações da dentição e determinam um maior risco de
desenvolvimento de otites médias e outras infecções.
- Amamentar além dos benefícios à saúde do bebê também pode trazer benefícios psicológicos para a mãe
Verdade. A amamentação tem
impacto sobre a saúde mental da mulher, reduzindo o estresse e os riscos de
depressão pós-parto. Também está associada a uma melhor qualidade de sono.
- Mãe gestante deve parar de amamentar
Mito. Gestação não é
contraindicação para a amamentação. A gestante pode continuar amamentando se
assim desejar e se a gravidez for normal. Deve-se aumentar o aporte calórico e
de líquidos.
- Tudo o que a mãe come vai para o leite do bebê
Verdade. Por este motivo, a
mãe deve manter uma alimentação equilibrada e saudável, evitando alimentos
gordurosos e chocolates e bebidas alcóolicas ou com cafeína.
- Seios pequenos produzem menos leite
Mito. O tamanho dos seios não
está relacionado à produção de leite materno.
- Cerveja preta, canjica, água inglesa e outros alimentos aumentam a produção de leite.
Mito. Estes alimentos não
ajudam a produzir leite materno e no caso de bebidas alcoólicas podem
prejudicar o aleitamento.
- O estresse e o nervosismo podem atrapalhar a produção de leite
Verdade. A amamentação é uma
fase de aprendizados, desafios e mudanças que podem refletir na saúde mental da
mulher, causando estresse e exaustão. Essa fadiga emocional é capaz de
interferir na produção de certos hormônios, como a ocitocina e prolactina,
reduzindo a produção e a ejeção de leite, dificultando a amamentação.
Para finalizar, o especialista
do Hospital Santa Teresa falou ainda sobre algumas dicas que podem ajudar as
mães a conseguirem amamentar de forma mais tranquila: “É importante ingerir
bastante líquido, principalmente água, e evitar bebidas alcoólicas, prestar
atenção na “pega” e posicionamento do bebê e não exagerar na limpeza das mamas
durante o banho para evitar lesões”, completa o pediatra.
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