Cynthia Araújo / Foto: Divulgação


PETRÓPOLIS. A pesquisadora, professora e advogada petropolitana Cynthia Araújo, colunista do blog Morte Sem Tabu, da Folha de São Paulo, irá participar, no dia 2 de setembro, da mesa redonda "Aspectos médicos e jurídicos em Cuidados Paliativos", promovida dentro do workshop "Cuidados paliativos para pessoas idosas", da Unimed Petrópolis. 

 

Cynthia dividirá a mesa com Luciana Ramalho, médica paliativista e professora da FMP-FASE. A moderadora da conversa será Deborah Soares, assistente social do Hospital Unimed e especialista em Cuidados Paliativos. O evento gratuito acontece no Instituto Teológico Franciscano (R. Cel. Veiga, 550 - Centro). As inscrições podem ser feitas pelo e-mail da Unimed Petrópolis.


Em seu novo livro,  “A vida afinal - Conversas difíceis demais para se ter em voz alta” (Editora Paraquedas, 158 pág.), Cynthia analisa as expectativas irreais de pacientes com câncer avançado. Ela reflete sobre como pensar na ilusão de uma vida longa e no projeto para futuros distantes pode desviar a atenção do viver o presente da melhor forma possível, também a partir de uma doença grave da sua mãe. 


O livro conta com o prefácio assinado por Sarah Ananda, médica paliativista e fundadora da equipe de cuidados paliativos do Hospital Felício Rocho em Belo Horizonte (MG); apresentação da escritora e defensora pública Mariana Salomão Carrara, finalista do Prêmio Jabuti; e quarta capa com blurbs assinados pela roteirista e jornalista Camila Appel, pelo oncologista e paliativista Munir Murad Jr, e pela escritora e jornalista Jéssica Moreira.


Nascida em Petrópolis (RJ), em 1984, Cynthia Araújo mora em Belo Horizonte desde 1997 com seu marido Daniel e sua filha, Beatriz, que acabou de fazer dois anos. Formada em direito pela UFMG, ela se tornou membro da Advocacia-Geral da União dois anos depois de se formar. 


Mestre e doutora pela PUC-Minas, sua tese, “Existe direito à esperança? Saúde no contexto do câncer e fim de vida”, foi indicada pelo programa de pós-graduação da PUC-Minas ao prêmio Capes de Teses 2020. Em 2021, foi convidada para expor sua pesquisa no 9º Simpósio Internacional Oncoclínicas e Dana Farber Cancer Institute. 




Confira um trecho do livro:

"Minha pesquisa investigou o papel da esperança em casos de doenças graves e refletiu sobre como a ilusão de sobreviver e projetar um futuro pode desviar a atenção do viver o presente da melhor forma possível. Queremos acreditar que a Medicina sempre tem uma cura. Mas ela não tem – e dificilmente terá um dia – solução para tudo. Embora existam muitas tecnologias que são determinantes para a manutenção e a recuperação da saúde, nós continuamos adoecendo. E morrendo."

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