Apresentação folclórica marca encerramento 


PETRÓPOLIS - Mais um fim de semestre se aproxima e as crianças do projeto social Pequena Tribo estão a todo vapor com os ensaios para a apresentação de fim de ano. A festa vai ter como tema a África e vai acontecer no dia 15 de dezembro na Escola Municipal Odette Young Monteiro, no Bonfim. Além da exposição de todos os trabalhos feitos durante o semestre como confecção de máscaras, instrumentos musicais africanos e pinturas de alguns animais daquele continente, as crianças vão encenar uma lenda africana chamada “Sundiata” e fazer também apresentações de danças africanas.

 

Criado pelo professor de Vedanta Jonas Masetti e custeado pelo instituto que leva seu nome por meio de doações de seus alunos, a Pequena Tribo é um programa extracurricular destinado a crianças de escolas públicas, que trabalha o resgate do valor dos povos ancestrais com suas culturas e tradições.

 

Durante o ano de 2023 as crianças estudaram a cultura de três povos originários: a indígena, a indiana e a africana, finalizando o segundo semestre. Desde setembro as crianças estão imersas em conhecer danças, ritmos, artes, teatro, culinária, curiosidades e outras tradições africanas. Os aprendizados iniciaram com o estudo do livro “O Pequeno Príncipe Preto”, do autor Rodrigo França.

 

“Nesse livro abordamos a importância de valorizarmos quem somos, como somos, de onde viemos. É um livro que também mostra a força de termos laços de carinho e afeto! Fala também da cor da pele, do jeito do cabelo. Foram lições importantes de amor-próprio e aos outros e ainda de autorrespeito e respeito ao próximo”, contou Leidiane Amália, educadora da Pequena Tribo.

 

Depois do livro, foi a vez das crianças trabalharem a lenda africana “Sundiata”, através de podcasts. Elas escutavam três episódios por semana e colocavam no papel, através de desenhos, o que entendiam de cada episódio. Através de oficinas lúdicas e sensoriais, as crianças trabalharam diariamente músicas e brincadeiras africanas como Amarelinha Africana, Saltando Feijão, Pengo-Pengo e Matacuzana, todas bem parecidas com brincadeiras brasileiras.

 





Dentro da oficina “Ritmos e movimento” as crianças conheceram as danças africanas Afoxé, Maracatu, Maculelê, Coco de Roda. Já na oficina “Conexão, Corpo e Mente” os alunos trabalharam a respiração consciente e ainda diversas posturas e alongamentos ligados com a cultura africana. Foram posições de animais como leão, girafa, crocodilo, elefante e outros bichos. Também foram trabalhamos outros sentidos: as crianças conheceram a mandioca, o polvilho e a farinha feitos da mandioca e a tapioca. Ao final, se deliciaram provando e apurando seus paladares com mandioca cozida.

 

Na oficina “Vivências Sonoras” foi a vez dos alunos confeccionarem instrumentos musicais da cultura africana com materiais recicláveis e aprenderem a usá-los. Meninos e meninas se divertiram com o tambor, kazoo, caxixi e cabulelê. Já nas atividades de “Expressão Criativa” são trabalhadas sempre a escrita e as expressões corporal, oral e gestual.

 

“O grande diferencial da Pequena Tribo é que montamos e estamos sempre aprimorando nosso conteúdo programático. Nele nos preocupamos em, além de resgatar a cultura dos povos originários, trazer e desenvolver a inteligência emocional nas crianças. Incentivamos a comunicação de suas emoções, ou seja, que elas entendam e nomeiem o que sentem, como sentem e como lidar com esses sentimentos. Isso tudo faz com que esse projeto social seja tão especial. E tudo pode ser acompanhado pelo Instagram @pequenatribo”, completou Rodrigo Ribas, coordenador do projeto.

 

 

 

  

 

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