PETRÓPOLIS - O projeto social
Pequena Tribo encerrou, na última sexta-feira (15/12), as atividades de 2023
colhendo frutos positivos do trabalho com 50 crianças da Escola Municipal
Odette Young Monteiro, no Bonfim. A festa de encerramento do ano letivo teve
como tema “Os encantos da África” e foi uma verdadeira viagem pela cultura
africana. As crianças encenaram uma lenda chamada “Sundiata” e fizeram apresentações
de danças africanas, uma delas foi o Maculelê.
A festividade contou com exposição
dos trabalhos feitos pelas crianças durante o semestre como confecção de
máscaras, instrumentos musicais africanos e pinturas de animais da África. O
programa Pequena Tribo foi criado para oferecer estudo extracurricular de graça
para meninos e meninas de escolas públicas por meio de vivências e oficinas
pedagógicas e lúdicas que resgatam a cultura dos povos ancestrais.
“O projeto tem dado tão certo
e temos resultados tão positivos que vamos dobrar o número de vagas, ampliando
para 100 crianças atendidas aqui no Bonfim. Fico feliz em poder contar a
história dos povos originários para essas crianças. Esse semestre além da
cultura africana, estudamos as tradições dos povos indianos e indígenas”, anunciou
o professor tradicional de Vedanta Jonas Masetti, idealizador do projeto.
Um dos objetivos do programa também
é promover o desenvolvimento das competências socioemocionais nos pequenos. Ao
estimular o autoconhecimento na infância, a criança desenvolve sua autoestima,
aprende a reconhecer melhor suas emoções e desenvolve estratégias positivas
para lidar com seus sentimentos, além de se tornar um adulto com boa saúde
emocional, sabendo lidar de forma madura com os desafios da fase adulta.
É o que os pais têm
reconhecido em seus filhos. “Meu menino está muito mais sociável desde que
entrou para o programa. Ele era meio sozinho. Está mais compreensível com os professores
e com os amiguinhos. Agora se integra para jogar bola e outras atividades. É
outra criança”, disse o agente ambiental João Christi.
Melhorias percebidas também
pela Eliene, mãe da pequena Eduarda. “A Duda é muito criativa. Mas eu a sentia
um pouco insegura. Como ela é bem expressiva e comunicativa, às vezes assustava
as pessoas. Com apenas 09 anos é difícil vencer a insegurança, competitividade
e as comparações. Mas depois que entrou para a Pequena Tribo, eu percebi que
ela se libertou. Está mais livre para escolher o que quer ser, o que quer fazer.
Percebo que ela não tem mais medo de ser quem é. Ela solidificou sua
personalidade, sendo autêntica e trabalhando seu emocional”, contou.
“Finalizamos o semestre com o
sentimento de dever cumprido. Conseguimos entregar o que tínhamos planejado no
início do ano: as crianças se expressando ainda melhor. A gente pode ver isso nas
danças e na encenação da peça da literatura africana, com a desenvoltura, tanto
oral como corporal. Percebemos uma evolução muito grande. No controle emocional,
as crianças estão muito mais concentradas durante as aulas regulares. Temos o feedback
muito positivo da escola”, finalizou Rodrigo Ribas, coordenador da Pequena
Tribo.
Para acompanhar as atividades
da Pequena Tribo, basta seguir o projeto no Instagram @pequenatribo.
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