PETRÓPOLIS - Nos últimos anos, o Brasil testemunhou um marcante processo de bancarização da população, impulsionado pelos crescentes bancos digitais que se tornaram populares em todo o país. De acordo com uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise e divulgada agora, os hábitos dos consumidores foram moldados por essa transformação, com 94% da população chegando ao final de 2023 possuindo pelo menos uma conta bancária. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis aponta que o comércio da cidade tem buscando acompanhar esse evolução no comportamento dos consumidores frente ao novo cenário de pagamentos digitais, com ênfase no PIX.


“Hoje a tecnologia é uma realidade e mudou o relacionamento com o consumidor principalmente pelos canais digitais. As facilidades de pagamento também acompanham este ritmo e nossa entidade, que vem apoiando o loj
ista nesta mudança rápida vai, em 2024, aumentar os investimentos na disseminação de informações do uso das ferramentas digitais e buscando financiamento para que os lojistas possam investir nestes instrumentos”, afirma o presidente da CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad.


No universo dos meios de pagamento, o PIX assume um papel de destaque, sendo utilizado por 72% dos consumidores, superando cartões de débito (44%) e cartões de crédito (36%). Este método de pagamento ganhou popularidade rapidamente, com 99% dos entrevistados possuindo uma chave PIX cadastrada.


A pesquisa aponta ainda que os consumidores destacam a rapidez (60%), transferências instantâneas (42%), ampla aceitação em estabelecimentos (27%) e segurança (26%) como os principais motivos para escolherem o PIX. Transferências para amigos e familiares (74%), compras online (53%), pagamento de serviços (47%) e compras em supermercados (44%) são as principais transações realizadas por meio do PIX.


Embora a adesão ao PIX seja alta, alguns consumidores que têm a chave cadastrada, mas não o utilizam, citam barreiras como o medo de clonagem e roubo de dados (20%), a não aceitação por empresas (18%) e a falta de confiança (15%).



Pagamento por aproximação ganha terreno a partir da pandemia

A modalidade de pagamento por aproximação, impulsionada pela necessidade de evitar contatos físicos durante a pandemia, foi adotada por 76% dos entrevistados, especialmente por meio de cartões físicos. A praticidade (66%), a dispensa de digitar a senha na maquininha (45%) e a curiosidade em experimentar a nova tecnologia (29%) são os motivos mais citados.

Aqueles que não utilizam o pagamento por aproximação apontam a falta de confiança (51%) e o medo de não precisar digitar a senha (26%) como principais razões.



QR Code: uma outra opção em crescimento

O uso do QR Code como método de pagamento também cresceu nos últimos anos, com 82% dos consumidores relatando já terem realizado transações por meio dessa modalidade. A praticidade e rapidez (55%), a ampla aceitação em estabelecimentos (44%) e a dispensa de digitar senha (30%) são os principais motivos para adotar o QR Code.


No entanto, a falta de confiança (27%) e a não aceitação pelos estabelecimentos (26%) são barreiras apontadas pelos que ainda não aderiram a essa forma de pagamento. Os consumidores sugerem que mais informações sobre o QR Code (61%), segurança nas transações (35%) e maior aceitação nas lojas (22%) poderiam motivar seu uso.


Em meio à diversidade de opções de pagamento, os consumidores são alertados para manterem-se atentos à segurança das transações. O PIX, por exemplo, exige vigilância para evitar transferências equivocadas. A pesquisa destaca ainda a importância de os consumidores cobrarem transparência dos bancos e de o comércio se adaptar às inovações para atender plenamente às expectativas da clientela.

 

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