PETRÓPOLIS - A Casa de
Petrópolis Instituto de Cultura (CPIC) recebeu sinal verde para captação de
recursos para restauração e revitalização do imóvel histórico, construído no
século 19 e que faz parte do patrimônio histórico da cidade. Com o projeto
executivo aprovado na Lei de Incentivo Federal do Ministério da Cultura, PRONAC
238424, a instituição agora busca parceiros para sua materialização.
Com a captação, será
contratada uma empresa especializada para elaboração do projeto executivo para
revitalização, conservação, reformas e adaptações no imóvel, com objetivo
principal de preservar a arquitetura e o acervo da Casa de Petrópolis.
E a primeira doação já foi
feita pelo empresário Cesar Weinschenck de Faria, neto de Oscar Weinschenck,
que dá nome a uma das ruas da cidade e foi o segundo prefeito da cidade de
Petrópolis. "Apoiar a restauração da Casa de Petrópolis é investir no
legado cultural da cidade, é um compromisso com a identidade histórica
deste município e um convite para que outros se unam a esse esforço
coletivo de preservação. Juntos, podemos garantir que este ícone histórico se
perpetue por muitos e muitos anos", destaca Cesar.
Para a presidente da Casa de
Petrópolis, Maria Luiza da Rocha Miranda Figueira de Mello, a contribuição não
apenas impulsiona a iniciativa, como também inspira outras pessoas a se unirem
nesse esforço coletivo de preservação. “Esta doação é um marco importante e
estamos entusiasmados com a possibilidade de receber mais parceiros
comprometidos com a preservação cultural de Petrópolis”, diz.
Segundo Maria Luiza, o projeto
de restauração vai além de uma intervenção física; é um investimento na
identidade cultural de Petrópolis. “A CPIC, ao longo dos anos, consolidou-se
como um marco de excelência em pesquisa e multidisciplinaridade, abrangendo
diversas áreas, desde artes e arquitetura até paisagismo, história e educação
patrimonial”, diz.
O patrocínio ao projeto
executivo da CPIC é visto como um legado para as futuras gerações. “A Casa de
Petrópolis Instituto de Cultura representa um patrimônio vivo da cidade, e as
doações oferecem a oportunidade de colaborar ativamente com a preservação e
disseminação dessa herança cultural para as atuais e futuras gerações”, destaca
Maria Luiza.
Além da possibilidade única de
associar a marca ao enriquecimento cultural da região, os patrocinadores têm
visibilidade em todas as etapas do projeto, desde a elaboração até a conclusão
da restauração.
Os interessados em apoiar o
projeto podem entrar em contato com a administração da Casa de Petrópolis pelo
e-mail: contato@culturacasadepetropolis.com.br
Cultura e tradição
Construída por José Tavares
Guerra, que após anos de estudos na Europa, decidiu estabelecer sua residência
em Petrópolis, o imóvel possui os estilos europeus modernizados, que começavam
a surgir no final do século 19. A Casa de Petrópolis foi também um dos
primeiros imóveis a ter iluminação elétrica na cidade. Seus jardins foram
projetados pelo botânico Auguste Glaziou e a casa serviu como moradia para a
família Guerra até 1982, quando foi transformada em sede do Instituto de Cultura.
Foi em 1999 que o imóvel
passou a se chamar oficialmente Casa de Petrópolis Instituto de Cultura. No ano
2000, sediou a exposição "Século das Mulheres" que apresentou obras
de artistas plásticas como Beatriz Milhazes, Djanira, Tomie Ohtake e
Adriana Varejão.
A partir deste momento, a Casa
de Petrópolis passou a ser um espaço cultural, recebendo exposições de
esculturas contemporâneas no jardim e promovendo diversos eventos culturais,
incluindo lançamentos de livros, exibição de filmes e apresentações musicais. O
local também se tornou palco de debates e encontros sobre questões históricas,
além de promover atividades educativas.
Nos anos seguintes, a Casa de
Petrópolis passou por uma fase de renovação, preservando seu patrimônio
material e imaterial. Atualmente, mantém-se como um espaço de memória, aberto à
visitação, e continua a promover atividades culturais e educativas,
contribuindo para a preservação e divulgação do acervo histórico e artístico da
região.
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