PETRÓPOLIS - Com a volta às
aulas, é preciso atenção na hora de escolher alguns itens, a exemplo das
mochilas. Isso porque carregar mochilas pesadas pode ser prejudicial à saúde da
coluna, especialmente durante a fase de crescimento das crianças e jovens em
idade escolar.
O
fisioterapeuta e professor de Fisioterapia da Estácio, Eduardo Pimentel, alerta
para os riscos associados ao peso excessivo das mochilas e destaca as
consequências a curto, médio e longo prazo. “A Organização Mundial da Saúde
(OMS) recomenda que crianças e jovens em idade escolar, entre seis e 18 anos,
carreguem mochilas com peso inferior a 10% do seu corpo. Por exemplo, se uma
criança pesar 30 quilos, a mochila não deve ultrapassar os três quilos”, aponta.
O
especialista ressalta que essa faixa etária está propensa a problemas
posturais, e o uso repetitivo de mochilas excessivamente pesadas pode resultar
em dores, principalmente nos ombros, pescoço e região lombar. “As consequências
imediatas incluem dores no corpo, enquanto a médio prazo observa-se alterações
na marcha e postura”, afirma. Já a longo prazo, o fisioterapeuta destaca o
risco de lesões degenerativas na coluna que podem afetar o crescimento da
criança.
Medidas preventivas
Para
prevenir tais problemas, Eduardo Pimentel sugere algumas medidas práticas que
podem ser adotadas por pais, educadores e, até mesmo, profissionais de saúde.
Entre elas:
-
Optar por mochilas de rodinhas para aliviar o peso nas costas;
-
Usar a mochila à altura do dorso, na parte média das costas;
-
Limitar o tempo de uso da mochila ao mínimo necessário;
-
Distribuir adequadamente o material escolar, colocando o conteúdo mais pesado junto
às costas;
-
Colocar na mochila apenas o material necessário para o dia;
-
Usar ambas as alças da mochila para distribuir o peso de maneira equilibrada.
Diante
dos alertas do fisioterapeuta Eduardo Pimentel, é essencial que a comunidade
escolar e os responsáveis adotem medidas preventivas para garantir o bem-estar
e o desenvolvimento saudável das crianças e jovens, evitando assim possíveis
complicações na saúde da coluna a longo prazo.
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