Foto ilustrativa |
PETRÓPOLIS - Segundo a
Organização Mundial de Saúde (OMS),1.9 bilhões de pessoas em todo o mundo
viverão com obesidade em 2035; a obesidade infantil deverá aumentar 100% entre
2020 e 2035 e espera-se que 1 em cada 4 de nós viva com obesidade até 2035.
Essa doença crônica não é apenas uma questão estética, mas sim uma
condição médica complexa que está intimamente ligada a uma série de
complicações de saúde, como doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2,
hipertensão e até mesmo certos tipos de câncer.
Em 4 de março, celebra-se o
Dia Mundial da Obesidade, a data visa conscientizar a população acerca do tema.
Pensando nisso, a endocrinologista do Hospital Santa Teresa, Dr. Alice Kloh,
falou sobre quando o excesso pode se tornar um problema para a vida do paciente.
A médica inicia explicando que
o primeiro passo para o combate à obesidade é buscar ajuda de um profissional
capacitado a orientar e encaminhar para a avaliação de uma equipe
multidisciplinar, já que a mudança de estilo de vida é o pilar do tratamento.
“A equipe multidisciplinar é
importante, pois o tratamento consiste na mudança de estilo de vida. Isso
inclui a alimentação balanceada prescrita pelo nutricionista; o exercício
físico acompanhado por um cardiologista, um ortopedista e um profissional de educação
física; acompanhamento psicológico e do endocrinologista a fim de detecção e
correção de distúrbios metabólicos; ainda devemos acrescentar os medicamentos e
o envolvimento familiar como peças-chave nessa caminhada do paciente.”,
esclarece a especialista.
Segundo a OMS, sobrepeso ou
obesidade é definido como acúmulo excessivo ou anormal de gordura que apresenta
risco à saúde. O índice de massa corpórea (IMC) define esses termos, no qual o
indivíduo é classificado como sobrepeso, caso o IMC se apresente entre 25 e
29,9 Kg/m2; e obeso se o IMC for acima de 30 Kg/m2.
“Obesidade é uma doença
crônica e sua prevalência vem aumentando não apenas em adultos, mas em jovens e
crianças também. Atualmente, a doença é considerada uma epidemia global. No
caso das crianças, o excesso de peso (que inclui casos de sobrepeso e de
obesidade) afetou uma em cada 10 crianças brasileiras e um em cada três
adolescentes (10 a 18 anos) no ano de 2022. Isto devido ao consumo elevado
de alimentos com alto índice glicêmico, bebidas contendo açúcar, tamanho das
porções de alimentos preparados e serviços de fast food; diminuição da presença
familiar nas refeições; sedentarismo; e aumento do uso de "telas",
principalmente eletrônicos. Todos esses são fatores de risco para obesidade”.
A obesidade representa um
perigo significativo para a saúde, aumentando substancialmente o risco de uma
série de condições adversas. Entre essas complicações, destacam-se o diabetes
melitus tipo 2, uma condição crônica que afeta a regulação do açúcar no sangue
e pode levar a complicações graves. Além disso, a obesidade está fortemente
associada à dislipidemia, um desequilíbrio nos níveis de lipídios no sangue que
pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
A apneia do sono também é uma
preocupação comum entre os obesos, aumentando o risco de problemas
respiratórios durante o sono. Os problemas articulares são outra complicação
frequente, devido ao excesso de peso que sobrecarrega as articulações, podendo
resultar em dor crônica e limitações de mobilidade. A obesidade pode, ainda,
afetar negativamente a saúde mental, aumentando a susceptibilidade à depressão
e outros distúrbios psicológicos.
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