PETRÓPOLIS - No próximo
sábado, às 16 horas, a Casa Stefan Zweig, em Petrópolis, será palco da 5ª
edição do "Tecendo Palavras – Sarau de Poesia", promovido pelo Fórum
do Campo Lacaniano Região Serrana-RJ. O evento, que tem entrada franca e
lugares limitados, visa a confluência entre arte e psicanálise, explorando a
poesia como um espaço para expressar as angústias do 'não lugar' do sujeito, em
uma abordagem reflexiva similar à vivenciada por Stefan Zweig em sua obra.
Este ano, o sarau coincide com
o aniversário de Petrópolis, lançando um olhar sobre a cidade como um local de
exílio e moradia, cenário de inúmeras histórias trágicas que expõem e
amplificam suas feridas históricas. Em sua construção, Petrópolis abriga a
história de sujeitos que, como Zweig, experienciam o sentimento de não
pertencimento. Assim, surge a indagação: que lugar é esse? E o que podemos
fazer com ele ou nele? A proposta desta edição é explorar a poesia como uma
forma de lidar com as dores desse lugar ou desse não lugar dos sujeitos.
O sarau terá início com uma
breve introdução sobre o 'não lugar' de Stefan Zweig, André Rebouças e Joseph
May, a partir das reflexões presentes no livro de Leo Spitzer e de outros
personagens mencionados pelo escritor Júlio Ambrozio em 'Geografia Petropolitana'.
Em seguida, os participantes terão a oportunidade de apresentar textos de
poesia, sejam autorais ou não, compartilhando suas próprias visões e
experiências.
Esta iniciativa, proposta pelo
Fórum do Campo Lacaniano Região Serrana RJ, destaca a importância da
psicanálise na compreensão dos 'não lugares' da polis, ao mesmo tempo em que
reconhece a presença da cidade no divã da psicanálise.
A 5ª Edição do "Sarau
Tecendo Palavras" integra a Programação Cultural da CSZ 2024, com o
patrocínio da Prefeitura Municipal de Petrópolis, por meio do Fundo Municipal
de Cultura, e da Lei Rouanet. As reservas para o evento podem ser feitas
através do e-mail casastefanzweig@gmail.com ou pelo WhatsApp 24 992 566 532.
Sobre a Casa Stefan Zweig
A Casa Stefan Zweig homenageia
a memória do escritor austríaco em sua última morada. É também um Memorial do
Exílio, destinado a divulgar as obras de outros artistas, intelectuais e
cientistas que se refugiaram no Brasil durante no período 1933-1945 e que
contribuíram para a cultura, as artes e a ciência do país. A Casa Stefan Zweig busca
o envolvimento da comunidade petropolitana, com ênfase no público jovem
(estudantes de escolas públicas e privadas). Fiel ao ideário de Stefan Zweig, é
um centro de referência em defesa da paz, do humanismo e da democracia.
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