PETRÓPOLIS - A Casa de
Petrópolis Instituto de Cultura lançou neste mês o catálogo virtual “Diálogos
da Paisagem” sobre as obras da artista plástica Ana Durães, que foram
inspiradas no jardim do imóvel, projetado pelo botânico e paisagista francês
Auguste François Marie Glaziou, o mesmo responsável pela reforma dos
jardins da Quinta da Boa Vista e da residência do Barão de Nova Friburgo, por
exemplo, sendo o único no Brasil que se conserva em estado original.
O catálogo virtual foi criado
a partir da exposição de Ana Durães na Casa de Petrópolis, inaugurada em
novembro de 2023 e que atraiu cerca de 6 mil visitantes até abril de 2024. Na
ocasião, realizada em parceria com a Galeria Patrícia Costa e com o apoio da
Prefeitura de Petrópolis e do Instituto Municipal de Cultura. Já o catálogo,
teve coordenação editorial de Natalia Azevedo, diretora executiva da Casa, e
design de Luiza Quentel da LQ+. Ele pode ser acessado neste link.
“O catálogo representa um
marco significativo na história da Casa. Além das obras de Durães, ele conta
com textos da curadora Monica Xexeo, um ensaio da diretora da EBA, Madalena
Grimaldi, e uma apresentação de Diana Iliescu, secretária de cultura de Petrópolis.
Ele retrata a exposição da artista plástica que é um testemunho da riqueza
cultural e histórica da cidade”, disse Natália Azevedo.
A diretora executiva da casa
ressaltou ainda que iniciativas como a da artista Ana Durães, de produzir obras
inspiradas no jardim da Casa de Petrópolis, são essenciais para projetar o
imóvel como um centro de importância histórica, cultural, paisagística e
patrimonial.
As obras de Ana Durães
destacam a delicadeza e a conexão da artista com a natureza, assim como expressam
sua gratidão pela receptividade de Petrópolis e importância da cidade em sua
vida. As obras, que variam em formatos e técnicas, retratam a beleza das
sapucaias, capturando suas nuances de bordô ao rosa, misturadas ao verde que
tanto impressionaram a artista ao chegar na cidade.
A exposição Diálogos da
Paisagem apresentou ainda pinturas em tinta a óleo de grandes formatos, bem
como impressões em fine art em papel de bambu e hemp, resultado de uma pesquisa
que transforma a natureza em uma "paisagem inventada" vista da janela
de Ana Durães durante seu período de reclusão na serra.
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