PETRÓPOLIS - “Fado em Cidades Históricas’ chega para celebrar a lusofonia e promover conexões criativas com as históricas cidades de Petrópolis e Ouro Preto. O evento realizará grandes encontros que estreitam vínculos culturais tendo como referência as influências portuguesas, africanas e dos povos originários, com a devida consciência dos fatos, celebrando nossas raízes e memórias, juntando fados, batuques e lundus.
Fazendo uma justa homenagem ao
Fado, expoente maior da cultura portuguesa, considerado pela UNESCO como
Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade, conectamos outros Patrimônios
Imateriais, como o chorinho e o samba. Em Ouro Preto, o Fado se encontra também
com a cidade que é Patrimônio Histórico da Humanidade. Durante os cinco dias de evento, a música
encontra a poesia, assim como a história, a gastronomia, as manifestações
artísticas eruditas e populares e uma exposição sobre o clássico português que
dá nome ao festival.
Fado em Cidades Históricas é
uma realização do Ministério da Cultura, Natasha Artes e Planeta – Cultura e
Sustentabilidade. O evento tem como patrocinador master a GALP, e como demais patrocinadores a GERDAU Brasil
e GEOCOBA Engenharia e o apoio do INSTITUTO YDUQS.
Conta ainda com a parceria da
Prefeitura de Petrópolis, Prefeitura de Ouro Preto, SENAC Petrópolis e da
Fundação das Artes de Ouro Preto (FAOP).
A curadoria é da entusiasta da
música e empreendedora cultural Connie Lopes, também idealizadora do consagrado
festival Back2Black. O repertório homenageia o fado com apresentações de
convidados, como a fadista contemporânea Ana Moura, uma das mais conhecidas e
respeitadas de Portugal pela sua voz única e profunda; a grande intérprete de
interpretação marcante Raquel Tavares; a musicista Marta Pereira da Costa com
sua guitarra portuguesa, que se junta em show inédito à violonista Samara
Líbano, acompanhada de seu violão de sete cordas. “É sempre muito emocionante
proporcionar um espaço para celebrarmos juntos nossas raízes comuns, promover
um diálogo entre diferentes povos e fortalecer os laços da lusofonia”, afirma a
idealizadora Connie Lopes.
Em meio a espaços abertos e
cenários históricos, a brasilidade ganha destaque com o bandolinista e
compositor Hamilton de Holanda; o Clube do Choro de Belo Horizonte; a
concertista Rosana Lanzelotte; e as apresentações da Orquestra Maré do Amanhã
do Rio de Janeiro e da Orquestra Padre Simões de Ouro Preto, com participação
de solistas convidados.
O encontro de línguas
portuguesas também contará com a presença do musicólogo português Rui Vieira
Nery, além de um "Sarau Decolonial de Poesia". No atual momento de
reavaliação da História e da necessidade de ampliar e diversificar as
perspectivas, e honrando a beleza e o legado da literatura portuguesa, vamos
celebrar a força dos versos dissidentes, das vozes divergentes e das visões
mais abrangentes. Para o musicólogo Rui Vieira Nery, no contexto multicultural
do Brasil colonial, os ritmos e os padrões de dança africanos combinam-se com
as harmonias e as formas europeias para gerar uma dança cantada de forte sensualidade.
Essa música atravessou o Atlântico e se implantou nos bairros populares do
porto de Lisboa.
Adornado como nas festas de
Portugal, o festival também traz teatros de rua, contação de histórias, feira
com quitutes, vinhos e artesanatos, além de oficinas de culinária, azulejos e
cerâmicas.
Viagem à gastronomia portuguesa
Em um reflexo histórico de
interações culturais, a gastronomia portuguesa carrega influências romanas,
árabes, africanas e brasileiras em sua culinária. Entre especiarias, temperos e
ingredientes, ‘Fado em Cidades Históricas’ propõe uma viagem histórica de
imersão nos sabores tradicionais e contemporâneos da gastronomia lusitana.
Os participantes têm a oportunidade de explorar pratos
típicos e os populares quitutes, como o famoso pastel de Belém, e apreciar
vinhos tradicionais. Um dos pontos altos do Festival é o workshop de culinária
gratuita com a renomada e premiada chef Marlene Vieira (Instagram
@chefmarlenevieira | site marlene.pt) sobre a nova e tradicional gastronomia
portuguesa. Marlene é considerada a chef feminina número 1 de Portugal, e seu
restaurante foi indicado este ano de 2024 pelo Guia Michelin.
Saiba mais sobre o Fado
No final do século XIX, fora
das portas de Lisboa, o Fado era ouvido em tavernas simples e desprovidas de
luxo onde se misturavam a aristocracia decadente, os pobres, os menos
favorecidos e os marginais. A partir de uma base musical formada por três
estilos tocados na guitarra, o Menor (muito lento), o Corrido (rápido) e o
Mouraria, os cantores improvisavam e criavam novas melodias, que a princípio
eram simples variações e inflexões vocais. As palavras podiam nascer da
improvisação do cantador ou da inspiração de alguém no meio do público, que
escrevia ali mesmo seus versos na mesma métrica das melodias.
Instagram, Facebook e YouTube
@fadoemcidadeshistoricas
Serviço
Gratuito - Festival
multicultural Fado em Cidades Históricas
Petrópolis - RJ
Local: Palácio de Cristal
Data: 18 e 19 de maio
Ouro Preto
Local: Praça de Marília de
Dirceu
Data: 24, 25 e 26 de maio
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