PETRÓPOLIS - A magia, a diversidade e a versatilidade do instrumento mais antigo da Terra serão exploradas na performance Mi flauta nada, mi flauta tudo pelo flautista Marco Aurêh no sábado, 4 de maio, na Casa Stefan Zweig. A primeira parte do pocket show é dedicada aos sons da mata com climas de improviso e temas “mântricos” solados em flautas rústicas de bambu (nacionais, indianas e peruanas) além de ocarinas de barro, com sons expressivos que nos convidam à reflexão e à expansão da consciência. 


Em seguida vem doce de flautas, em que o músico faz solos de improviso sobre temas medievais e renascentistas utilizando um naipe de flautas doce (contralto, soprano e sopranino). Numa das peças o flautista executa duas flautas simultaneamente criando um clima melódico e harmônico bastante interessante. A última parte, sopros de prata, é composta de improvisos intercalados com temas de domínio público como Amazing Grace e clássicos como minuetos de Bach, executados na flauta transversa contemporânea. 


O instrumentista explora diversas possibilidades da mais completa flauta profissional de metal, alternando solos meditativos com expressões vigorosas e progressistas utilizando efeitos de voz e murmúrios junto aos sopros. Em algumas peças, Aurêh utiliza pedais de reverb, delay e looping, chegando a montar uma orquestra de flautas criada pelo mesmo instrumentista.


Baseado numa performance apresentada no final dos anos 1990, o projeto Mi flauta nada, mi flauta tudo renasceu em 2021 durante a pandemia do coronavírus. Filho de cantora e sobrinho de compositor e musicista, Marco Aurêh estudou flauta transversa pelo método Royal School of Music e flauta doce pelo Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis (Canarinhos), com a professora suíça Silva Hummel. Autodidata no violão, no teclado, no bandolim e na harmônica de boca, especializou-se em ensino de música pelo método antroposófico de Rudolf Steiner. Iniciou sua trajetória artística em 1979. É professor de música das escolas Criativa Idade e Recanto Ecológico. Lançou o CD “A Voz da Criativa Idade”, que contou com a participação de 130 crianças com idades entre 1 e 10 anos. Fez também o CD “Cantando Sylvia Orthof”, com composições sobre letras da escritora.


Após a apresentação (50 min.), o público é convidado para um bate-papo sobre a natureza e a história dos instrumentos, bem como os efeitos e recursos tecnológicos utilizados na performance.  

     

A atividade integra a programação cultural da Casa Stefan Zweig 2024, que tem o patrocínio da Prefeitura Municipal de Petrópolis, por meio do Fundo Municipal de Cultura.

 


Sobre a Casa Stefan Zweig

A Casa Stefan Zweig é uma entidade cultural de direito privado, sem fins lucrativos, que homenageia a memória do escritor austríaco na que casa que foi sua última morada. É também um Memorial do Exílio destinado a divulgar as obras de outros artistas, intelectuais e cientistas que se refugiaram no Brasil durante no período 1933-1945 e que contribuíram para a cultura, as artes e a ciência do país. Fiel ao ideário de Zweig, é um centro de referência em defesa da paz, do humanismo e da democracia e esteve entre as finalistas do Prêmio Simon Wiesenthal 2023, criado pelo Parlamento austríaco.

 

Serviço:

Mi flauta nada, mi flauta tudo, performance solo com Marco Aurêh, flauta transversa

Dia: 4 de maio (sábado)

Horário: 11h

Rua Gonçalves Dias, 34, Valparaíso (próximo às Duas Pontes)

Entrada gratuita e lugares limitados. Reservas: 24 992566532


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