PETRÓPOLIS - O Glaucoma é um
conjunto de alterações oculares, associadas ou não a pressão intraocular alta,
que cursam com lesão do nervo óptico. Após a catarata, é a segunda causa de
cegueira, além de ser a principal causa de cegueira irreversível. Segundo dados
do Ministério da Saúde, essa doença afeta mais de 67 milhões de pessoas no
mundo.
“Os sintomas relacionados ao
glaucoma podem ser dor ocular, embaçamento visual, lacrimejamento ou, até
mesmo, não apresentar nenhum desses alertas”, esclarece a oftalmologista do
Hospital Santa Teresa, Drª Mônica de Araújo.
A doença é diagnosticada ou
suspeitada, no exame oftalmológico de rotina. Através do exame de fundo de
olho, medida da pressão intraocular e biomicroscopia. Os principais fatores de
risco são: pressão intraocular, histórico familiar, medicamentos, etnia
(principalmente afrodescendentes), doenças oculares e trauma ocular.
Os tipos de glaucoma mais
comuns são: glaucoma de ângulo aberto, glaucoma de ângulo estreito e glaucomas
secundários a um trauma ou uso de medicamentos, como por exemplo corticoide. A
maioria deles é controlada com o uso de um ou mais colírios. Em alguns casos a
cirurgia fistulizante ou para implante de dispositivos é recomendada para
ajudar a baixar a pressão.
“Atualmente existem aparelhos
que conseguem mensurar a quantidade de fibras nervosas do nervo óptico, o que
foi um grande avanço para o controle da doença. Os aparelhos para avaliar o
campo visual (exame antigo e de extrema importância), também foram aprimorados,
conseguindo um resultado mais rápido e fidedigno. Além disso, os estudos levaram
a descoberta de muitas drogas para baixar a pressão intraocular, fazendo com
que o controle seja muito mais eficaz e evitando, muitas vezes, a necessidade
de cirurgia”, explica a especialista.
Por fim, Drª Mônica ressalta
que a melhor medida preventiva é o exame oftalmológico de rotina, com a
avaliação da visão, pressão do olho e exame de fundo de olho.
“O diagnóstico precoce do
glaucoma é importantíssimo! Quanto mais cedo for diagnosticado e tratado, menos
lesão haverá no nervo óptico e consequentemente, menos perda do campo visual e
menos risco de cegueira.”
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