PETRÓPOLIS- As gravações do docudrama “O Que Fiz de Mim”, já tiveram início na cidade de Petrópolis. Desde o mês de maio, espaços do Hiper Shopping Petrópolis, do Estúdio Fátima Cruz, além do Centro de Cultura Raul de Leoni têm sido palco de mais este processo artístico. Com uma equipe composta por 13 profissionais, o curta-metragem promete emocionar e despertar reflexões importantes no público. O projeto foi contemplado no Edital de Produções Audiovisuais (Chamada Pública 02/2023), realizado pela Prefeitura de Petrópolis, por meio do Instituto Municipal de Cultura, com recursos do Governo Federal através da Lei Complementar nº 195/2022 - Lei Paulo Gustavo.

 

A partir de um tema sensível, o suicídio, o curta-metragem petropolitano “O Que Fiz de Mim”, conta a história da artista Tex. Inseguranças, dúvidas e incertezas profissionais permeiam os pensamentos da jovem pintora, que se isola em casa e lida com pensamentos suicidas enquanto também busca inspiração para realizar sua primeira exposição. O filme revela como a arte pode ser uma resposta à condição humana e a busca pelo significado e desafio da vida.

 

O filme híbrido de curta-metragem, com duração prevista de até 25 minutos, mescla elementos de documentário e ficção para criar uma experiência profunda e transformadora em todos que têm contato com a obra. Vale destacar, que o filme abrange diversas linguagens artísticas, como: música, dança, teatro e pintura. Além disso, o elenco é composto predominantemente por mulheres, pessoas LGBTs e que integram as chamadas minorias dentro da sociedade.

 

“O projeto aborda questões de saúde mental e o poder da arte como uma das maneiras de enfrentar essas e outras questões. O filme também convida o público a refletir sobre a confrontação do absurdo da existência por meio da criação artística. 'O Que Fiz de Mim' é uma jornada que celebra a arte, resiliência e a busca pelo significado da vida”, explica o diretor de produção geral e executiva Vinil Gabriel.

 

O projeto é profundamente relevante para a sociedade, mas também para os artistas que enfrentam cobranças sociais, pressões para o sucesso e questões de saúde mental. Não à toa, a personagem Tex personifica muito bem essas lutas. “Vemos a personagem lidando com pensamentos suicidas devido às pressões e frustrações em sua jornada como artista. Nós entendemos que o suicídio é a busca desesperada pelo controle final sobre a própria existência. É uma recusa em aceitar o absurdo da vida. No entanto, a verdadeira revolta contra o absurdo não está em tirar a própria vida, mas sim, em continuar a viver com toda a intensidade”, ressalta a diretora e atriz do docudrama, Ester Gastaldo.

 

O filme pretende ter classificação a partir de 14 anos, privilegiando os jovens, adultos e idosos, assim como os apaixonados por artes em geral.

 


 

Valorização da classe artística local

“É crucial destacar a importância de Petrópolis como um centro de expressão artística. Dados históricos demonstram que a cidade tem uma longa tradição em inspirar artistas, desde os dias do Império até os tempos contemporâneos. Por isso, nosso projeto é permeado em fortes conceitos de inclusão, e valorização de cada profissional que compõe a equipe de trabalho. Precisamos dar cada vez mais espaço à nova geração artística petropolitana!”, opinou o diretor.

  


Tecnologia: curta-metragem será gravado com smartphones

O Curta-metragem está sendo gravado por smartphones e aparatos tecnológicos que favorecem uma abordagem fluida, e permitem que as cenas sejam capturadas de forma mais íntima e autêntica. A Cinegrafia Mobile é uma nova modalidade de filmagem, fotografia e edição com o Smartphone trazendo algumas vantagens para a área criativa da produção audiovisual.


“Naturalmente, ainda existe uma certa resistência ao dizer que um filme está sendo rodado com um celular, mas isso também aconteceu quando as câmeras fotográficas começaram a filmar e viraram um atrativo para novos produtores criarem seus filmes. Agora os smartphones aparecem com o mesmo objetivo”, afirmou o diretor de fotografia e montador do filme.

 

 

Acessibilidade e inclusão

O filme 'O Que Fiz de Mim' também tem como um dos principais compromissos aproximar a arte, de quem muitas vezes é marginalizado ou esquecido. “Queremos que todos tenham acesso a arte! Então pensamos em vários aspectos para promover acessibilidade e inclusão. Apresentaremos a performance ao público no Centro de Cultura Raul de Leoni gratuitamente. Também ministraremos uma palestra sobre acessibilidade e inclusão social, assim como fecharemos parcerias para a exibição do filme em pelo menos três escolas da rede pública de ensino de Petrópolis”, ressaltou.

 

O projeto conta ainda com inclusão da Língua Brasileira de Sinais em todo o material de divulgação e no próprio filme; possibilitará que todas as salas do Centro de Cultura Raul de Leoni tenham placas táteis com o sistema Braille, além de legendas e linguagem simples nas peças de divulgação.

  

 

Serviço:

Curta-metragem: “O Que Fiz de Mim”.

Local: Centro de Cultura Raul de Leoni, Centro de Petrópolis.

Classificação: 14 anos.

Apoiadores: Centro de Cultura Raul de Leoni; Estúdio Fátima Cruz e Hiper Shopping Petrópolis.

Post a Comment

Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.

Postagem Anterior Próxima Postagem

PUBLICIDADE

 


PUBLICIDADE