PETRÓPOLIS - A leptospirose é
uma doença que afeta não apenas seres humanos, mas também animais como os cães.
Sua gravidade e potencial zoonótico exigem medidas preventivas e um diagnóstico
precoce para garantir a saúde dos pets e das famílias. Compreender os sintomas,
formas de transmissão e prevenção é fundamental para proteger a todos.
“A leptospirose é uma doença
causada por uma bactéria espiralada chamada Leptospira. Ela é transmitida
principalmente pela urina dos roedores, como a ratazana (Rattus norvegicus),
mas outros animais infectados podem transmitir para outras espécies e humanos
também,” comentou a veterinária Rosana Alves Martorelli, professora da Estácio
Petrópolis.
A transmissão é facilitada
pelo aumento das chuvas, que acabam por transbordar as redes de esgoto ou de
locais onde os roedores habitam. A doença pode ser transmitida pelo contato com
a urina contaminada de animais infectados, como ratos, gambás e guaxinins, ou
por secreções de animais de estimação contaminados. Isso torna fundamental a
adoção de medidas de higiene ao cuidar de um pet doente e a realização de
limpezas frequentes no ambiente.
Os sintomas da leptospirose
canina podem variar, incluindo prostração, febre, perda de apetite, vômito e
icterícia (amarelamento da pele e mucosas), além de aumento de volume da região
abdominal. O aparecimento desses sintomas pode variar, podendo levar dias ou
semanas.
“O diagnóstico definitivo pode
ser feito por diferentes técnicas imunológicas. Não há muita dificuldade no
diagnóstico da doença, mas ela pode ser confundida com outras infecções que
afetam o fígado dos animais. Após a confirmação laboratorial, deve-se proceder
ao tratamento com antibióticos e outros medicamentos de suporte. Dependendo do
estágio da doença, o tratamento pode ser realizado em casa ou pode ser
necessária a internação. Se o diagnóstico for precoce, há muita chance de
recuperação, mas não se pode relaxar com a administração dos medicamentos
durante o período que o médico veterinário estabelecer e com o cuidado com a
urina dos animais na convalescença,” comentou a veterinária.
A prevenção é a melhor forma
de proteger os pets e as famílias contra a leptospirose. A vacinação é
essencial e deve ser realizada periodicamente, especialmente em áreas de maior
risco. Além disso, cuidados com a higiene do ambiente e a remoção de lixos são
medidas importantes para afastar os roedores, principais transmissores da
doença.
“O ideal é evitar sair durante
as chuvas, certificar-se de que não haja roedores no local e vacinar contra a
leptospirose anualmente. Cuidados com a urina de animais infectados também são
essenciais. Para desinfetar adequadamente os ambientes onde o cão infectado
esteve, é preciso usar substâncias desinfetantes próprias para locais com pets,
pois produtos comuns de limpeza com cheiro forte são prejudiciais aos animais,”
informou Rosana.
Em caso de suspeita da doença,
é fundamental procurar atendimento veterinário para um diagnóstico preciso e um
tratamento adequado. A saúde e o bem-estar dos animais de estimação são
prioridades para garantir uma convivência saudável e segura para todos.
Curso de Medicina Veterinária em Petrópolis
A Estácio Petrópolis está com
vestibular aberto para o curso de Medicina Veterinária no segundo semestre
deste ano. Com uma grade curricular atualizada e corpo docente qualificado, o
curso oferece uma formação sólida e abrangente para os futuros profissionais da
área.
Uma das grandes vantagens de
estudar na Estácio é a possibilidade de vivenciar na prática o aprendizado
teórico por meio da clínica escola da instituição. Os alunos têm a oportunidade
de realizar atendimentos sob supervisão, o que proporciona uma experiência
valiosa e enriquecedora para sua formação profissional.
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.