Médico radio-oncologista da Radio Serra, Daniel Przybysz / Foto: Divulgação |
O mês de julho, quando é
celebrado o Dia do Oncologista, reúne importantes datas para o alerta do
cuidado com a saúde. Por meio da campanha do Julho Verde é fortalecida a
conscientização para o Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço (27/7) e ainda, o
período também alerta para o Câncer de Bexiga. As medidas de prevenção são
temas abordados pela equipe médica da Clínica Radio Serra Radioterapia, que
chama a atenção para o fato de os dois tipos da doença terem relação direta com
o consumo do cigarro.
De acordo com o mais recente
dado do Instituto Nacional do Câncer (Inca), o tabagismo é a causa de cerca de
80% dos casos de câncer de cabeça e pescoço. O alto índice também é espelhado
para o câncer de bexiga. De acordo com publicação da Sociedade Brasileira de Cirurgia
Oncológica (SBCO), “em mais de 50% dos casos de câncer de bexiga no sexo
masculino e em 35% entre as mulheres, são decorrentes do tabaco”.
“Os tipos de câncer estão
diretamente interligados ao uso do cigarro, que é um protagonista nestes casos.
Com relação ao câncer de cabeça e pescoço, esse índice pode ser aumentado se o
tabagismo for associado ao consumo excessivo de álcool”, aponta o médico
radio-oncologista, Daniel Przybysz. Ele explica que o cigarro, assim como o
cachimbo e charuto, causam prejudicam diretamente a bexiga, pois parte das
toxinas do tabaco são eliminadas pelos rins, junto com a urina, agredindo
diretamente o órgão.
De acordo com o INCA, no caso
do câncer de cabeça e pescoço, o fumante tem cinco vezes mais chance de
desenvolver a doença, sendo associado ao consumo de álcool, o índice sobe para
dez vezes. O instituto aponta que esses hábitos são responsáveis por 70% dos
casos dessa neoplasia. Esse tipo de câncer engloba os tumores malignos que
podem afetar a boca, orofaringe, laringe (cordas vocais), nariz, seios nasais,
nasofaringe, órbita, pescoço e tireoide. A infecção ainda pode ocorrer pelo
papilomavírus humano (HPV), que também é fator de risco para os cânceres orais
e de garganta.
No caso do câncer de bexiga, o
tabagismo triplica o risco da ocorrência na análise entre fumantes e não
fumantes. Os fatores de idade e raça também são considerados. Homens brancos e
de idade avançada estão no grupo de maior probabilidade de desenvolver esse
tipo de câncer.
Assim como para qualquer outro
tipo de diagnóstico, o médico radio-oncologista, destaca que a adoção de
hábitos saudáveis, com alimentação equilibrada e prática de esporte são os
principais meios de prevenção. A rotina no acompanhamento médico
contribui para a identificação precoce da doença, o que oferece melhores
resultados no tratamento dos pacientes.
A radioterapia, em ambos os
casos, favorece a cura e melhora a qualidade de vida. “A radioterapia ajuda
muito na melhora, diminui a chance de recidiva, além de possibilitar o
tratamento de uma doença subclínica, que não conseguimos identificar, não sendo
possível um procedimento cirúrgico para um caso que com o tempo, pode evoluir”,
enfatiza, Daniel Przybysz.
O especialista destaca a
importância do trabalho conjunto da equipe multidisciplinar, envolvendo
profissionais como além do radio-oncologistas, oncologista clínico, cirurgiões,
os profissionais de fonoaudiologia, odontologia, enfermagem, nutrição, entre
outros, que contribuem para o cuidado e aumento de qualidade de vida dos
pacientes.
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