Com o objetivo de trazer informações acerca da doação de sangue e de medula óssea, é importante falarmos sobre a conscientização das doenças que afetam o sistema sanguíneo: anemia e leucemia. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a leucemia, que é o 10º tipo de câncer mais frequente no país, deve afetar cerca de 11 mil brasileiros em 2025. 

 

Para alertar sobre essas doenças, a Dra. Laís Paiva, hematologista do Hospital Santa Teresa, em Petrópolis, compartilha dicas relacionadas aos sintomas e tratamentos para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 

 

A médica explica que os sintomas comuns da anemia incluem cansaço, palidez, fraqueza, falta de ar, tontura, palpitações e sonolência excessiva. Além disso, o diagnóstico da anemia é clínico, com exames físicos e de sangue, principalmente o hemograma completo. 

 

Por outro lado, a leucemia é uma doença mais grave, ou seja, é um tipo de câncer que afeta o sangue e a medula óssea. Neste caso, há uma produção descontrolada de células sanguíneas alteradas. “A diferença para outros tipos de cânceres é que a leucemia não forma um tumor sólido, é um câncer no sangue”, completa. 

 

Dra. Laís ressalta que existem 5 tipos diferentes de anemias, sendo elas: anemia ferropriva causada pela deficiência de ferro; anemia crônica; anemia perniciosa, causada pela deficiência da vitamina B12; anemia hemolítica, causada pela destruição precoce dos glóbulos vermelhos no sangue; e a anemia aplástica, que ocorre quando a medula óssea não consegue produzir as células sanguíneas e é considerada a mais grave

 

Assim como a anemia, a leucemia também tem vários tipos , dentre elas: Leucemia Linfocítica Aguda (LLA), Leucemia Linfocítica Crônica (LLC), Leucemia Mielóide Aguda (LMA) e Leucemia Mielóide Crônica (LMC). “As características distintas entre os tipos de leucemia envolvem, principalmente, diferenças em faixa etária de maior acometimento, tempo de evolução da doença e o tipo de célula sanguínea que é mais afetada”, pontua a especialista.

 

A médica explica que os fatores de risco para o desenvolvimento da leucemia não são completamente esclarecidos, mas a exposição excessiva à radiação ou aos produtos químicos (benzeno e agrotóxicos) combinada a condições genéticas, histórico familiar e tabagismo pode contribuir para o aparecimento da doença. 

 

Já a anemia pode ser prevenida e tratada por meio da alimentação balanceada e nutritiva. Isto é, apostar em alimentos ricos em ferro, vitamina B12 e ácido fólico são essenciais para suprir a carência de nutrientes. “Crianças, gestantes, idosos e portadores de doenças crônicas estão mais suscetíveis à anemia porque têm alta necessidade nutricional e maior dificuldade de absorção de nutrientes”, alerta a Dra. Paiva. 

 

Se não tratada corretamente, a anemia pode levar a diversas complicações, como problemas cardíacos, cansaço crônico, complicações na gestação (prematuridade e baixo peso ao nascimento), e dificuldade de crescimento e desenvolvimento em crianças (incluindo problemas de aprendizagem).

 

A hematologista do Hospital Santa Teresa ressalta ainda que os sintomas mais comuns da leucemia são cansaço, febre, perda de peso, dor óssea e sangramentos. A leucemia pode ser auferida por meio de exames de sangue e o diagnóstico é confirmado a partir do mielograma – biópsia de medula óssea.

 

Segundo a médica, a escolha do tratamento varia de acordo com o tipo de leucemia, idade do paciente e outros fatores individuais. A terapêutica pode incluir quimioterapia, radioterapia e transplante de medula óssea. 

 

Um ponto a destacar é que a pesquisa médica está avançando, com o desenvolvimento de novas terapias direcionadas ao tratamento da leucemia. A imunoterapia é o método que consiste em fortalecer o sistema imunológico, controlando as células cancerígenas. 

 

 

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