A Câmara de Dirigentes
Lojistas de Petrópolis, associada à Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas, assina e reitera o manifesto “Defesa da Competitividade
do Simples Nacional”. O documento, que une a CNDL e a Frente Parlamentar de
Comércio, Serviços e Empreendedorismo no Congresso e as principais entidades
representativas do Comércio e Serviços, foi lançado nesta quarta-feira (10) e
destaca os efeitos negativos que o Projeto de Lei Complementar 68/2024, que
regulamenta a Reforma Tributária, trará ao regime tributário do Simples. O
volume de negócios regidos pelo Simples e o impacto que será sentido é
comprovado pelos números: hoje, mais de 92% dos empreendimentos estão inseridos
no Simples Nacional, sendo 20 milhões de micro e pequenas empresas e 70% dos
empregos do país.
A coalização das entidades em
defesa do Simples Nacional alerta sobre as mudanças propostas no projeto que
trazem alterações significativas na apropriação de crédito tributário, uma das
principais compensações para as empresas que adquirem produtos e serviços. De
acordo com o texto, o crédito das empresas adquirentes do Simples Nacional será
limitado ao valor cobrado no regime de arrecadação simplificada, muito menor
que a alíquota da futura Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), prevista na
Reforma Tributária.
“Nossa entidade, que
representa o comércio varejista em Petrópolis está profundamente preocupada com
os efeitos negativos do Projeto de Lei Complementar 68/2024 sobre o Simples
Nacional. A limitação do crédito tributário prejudicará severamente a
competitividade das pequenas empresas, colocando-as em desvantagem frente às
grandes corporações. Pedimos que os parlamentares reavaliem o texto da reforma
para assegurar um tratamento justo e diferenciado, conforme garantido pela
Constituição”, destaca o presidente a CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad.
As entidades signatárias do Manifesto pedem o apoio dos parlamentares para que o texto da Reforma Tributária garanta, no caso da CBS, direito ao crédito presumido correspondente ao valor desse tributo devido na aquisição de bens e de serviços por adquirente não optante pelo Simples Nacional e, com isso, o cumprimento do artigo 179 da Constituição Federal que assegura às microempresas e às empresas de pequeno porte tratamento jurídico diferenciado nos campos administrativo, tributário e de desenvolvimento empresarial.
“Como representante da CDL
Petrópolis, reforço a importância de proteger o regime tributário do Simples
Nacional, que hoje abarca 92% dos empreendimentos brasileiros. As alterações
propostas pelo PLP 68/2024 não apenas dificultam a operação dos pequenos
negócios, mas também ameaçam a geração de empregos e renda em nossa cidade. É
essencial que o texto da reforma tributária garanta o crédito presumido para as
micro e pequenas empresas, promovendo um ambiente mais justo e competitivo”,
afirma Cláudio Mohammad.
Assinam o manifesto:
·Confederação Nacional de
Dirigentes Lojistas (CNDL)
·Associação Brasileira de
Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD)
·Associação Brasileira de
Automação para o Comércio (AFRAC)
·Associação Nacional dos
Comerciantes de Material de Construção (ANAMACO)
·Confederação das Associações
Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB)
·Frente Parlamentar de
Comércio, Serviços e Empreendedorismo (FCS)
·Fecomércio SP
·Inovação Digital
·Instituto Vivacidades
·União Nacional de Entidades
de Comércio e Serviços (UNECS).
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