Nesta terça-feira, 24 de
julho, o Museu Imperial, uma das principais instituições culturais do Brasil,
fechou suas portas em um ato simbólico de protesto. A greve faz parte de uma
série de mobilizações que exigem a implementação do Plano de Carreira da
Cultura. Os trabalhadores do museu reivindicam melhores condições de trabalho,
citando a falta de um plano de carreira, de servidores e de orçamento adequado
para suas atividades.
A luta dos servidores da Cultura já se estende por mais de duas décadas, com acordos previamente assinados e não honrados pelo governo brasileiro. A categoria clama por diálogo e ações do governo, incluindo a abertura de uma mesa de negociação específica e emergencial, além de um orçamento suficiente para o setor, sem cortes que comprometam ainda mais os recursos já limitados. Em nota, o sindicato expressou:
"O Museu Imperial está fechado hoje, dia 24/7/24, em ato de
protesto e mobilização pela implementação do Plano de Carreira da Cultura. A
ação faz parte do calendário de paralisações e greve da Cultura. Paramos hoje
para garantir a abertura futura. Falta carreira, falta servidor, falta
orçamento. Sobra trabalho, que realizamos sem condições adequadas."
Este é um embate de mais de 20
anos. Durante esse período, os servidores da Cultura tiveram acordos assinados
e não cumpridos pelo governo, permanecendo sem uma carreira justa e condizente
com o grau de complexidade das suas atribuições funcionais e com a importância
das suas atividades na manutenção das políticas públicas de Cultura, fundamentais
para o acesso universal aos direitos culturais da sociedade brasileira.
Reivindicações:
Os trabalhadores exigem a abertura da Mesa Específica e Emergencial da Cultura pelo governo e a implementação do Plano de Carreira da Cultura. Eles querem o cumprimento das promessas de campanha do presidente Lula de valorização da Cultura e ações efetivas que ponham em prática os discursos da Ministra Margareth Menezes e do secretário executivo Márcio Tavares Santos a respeito do apoio à causa.
Além
disso, buscam um diálogo mais direto entre o Ministério da Cultura e a Ministra
da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, e um orçamento
suficiente, sem os cortes arbitrários dos Ministérios da Fazenda e do
Planejamento e Orçamento, que inviabilizam o já reduzido orçamento da Cultura.
O sindicato também convocou o
público a apoiar a causa, seguir as mobilizações nas redes sociais e participar
dos atos públicos.
Para mais informações, siga as redes sociais do Museu Imperial e participe dos próximos atos de mobilização.
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