O ritmo mais animado e
contagiante do Brasil sobe a serra neste final de semana com o Forró Pedra
Branca. Sanfona, triângulo e zabumba, os três instrumentos característicos do
gênero musical, desta vez estão nas competentes mãos das três mulheres que integram
o grupo: Benita Michahelles (sanfona e voz), musicista e musicoterapeuta,
Isabella Viggiano (triângulo e voz), musicista, professora de música e
pesquisadora da cultura popular brasileira, e Juliana Portella (zabumba e voz),
musicista, arte educadora e arteterapeuta.
Benita, Isabella e Juliana se
conheceram e 2019 nas oficinas de danças populares do grupo Brincantes da Pedra
Branca, no bairro de Vargem Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e formaram o
trio a partir da necessidade de fomentar mais movimentos musicais na região.
Desde então levam sua arte e talento a diferentes eventos, centros culturais,
bares e festas particulares. O grupo busca ressaltar em seu repertório a
atuação feminina no forró através de compositoras como Marinês, Anastácia e Chiquinha
Gonzaga e intérpretes como Elba Ramalho e Mariana Aydar e acompanha movimentos
musicais femininos no Rio de Janeiro como o “Forró Mulher”.
Nascido há quase cem anos no
Nordeste, foi com o compositor e cantor Luiz Gonzaga que o ritmo do arrasta-pé
conquistou o Brasil inteiro, marcando especialmente as festas juninas e
julinas. As letras falam das vivências do povo nordestino e da cultura do
sertão. Além de Luiz Gonzaga, os grandes expoentes históricos são Dominguinhos,
Jackson do Pandeiro e Sivuca. Na década de 1970, o ritmo ganhou novos sons com
a influência do rock e do pop e intérpretes como Alceu Valença, Elba Ramalho e
Gilberto Gil. Nos anos 1990, o forró eletrônico marcou uma terceira fase,
evidenciando a criatividade e longevidade do estilo.
“Somos apaixonadas pela
brasilidade e criatividade do forró”, diz Benita Michahelles.
“É uma grande alegria
fortalecer esse movimento musical em nosso território e poder levar nossa
musicalidade para outros horizontes”, completa Juliana Portella.
O repertório de sábado abrange
clássicos como “Lamento Sertanejo” de Dominguinhos e Gilberto Gil, “Desabafo”
de Marinês, “Carcará” de João do Vale e Chico Buarque e “Asa Branca” de Luiz
Gonzaga.
A atividade integra a
programação cultural da Casa Stefan Zweig 2024, que tem o patrocínio da
Prefeitura Municipal de Petrópolis, por meio do Fundo Municipal de Cultura.
Sobre a Casa Stefan Zweig
A Casa Stefan Zweig é uma
entidade cultural de direito privado, sem fins lucrativos, que homenageia a
memória do escritor austríaco na que casa que foi sua última morada. É também
um Memorial do Exílio destinado a divulgar as obras de outros artistas,
intelectuais e cientistas que se refugiaram no Brasil durante no período
1933-1945 e que contribuíram para a cultura, as artes e a ciência do país. Fiel
ao ideário de Zweig, é um centro de referência em defesa da paz, do humanismo e
da democracia e esteve entre as finalistas do Prêmio Simon Wiesenthal 2023,
criado pelo Parlamento austríaco.
Serviço:
“Trio Forró Pedra
Branca”
Sábado, 20/07/2024, 11h
Rua Gonçalves Dias, 34,
Valparaíso (próximo às Duas Pontes)
Entrada franca e lugares
limitados. Reservas pelo 24 992566532
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