A endometriose é uma doença
crônica, que atinge cerca de 7 milhões de brasileiras, segundo dados do
Ministério da Saúde. Muitas mulheres acabam tendo uma condição de vida
desafiadora, dada a dificuldade no diagnóstico. Como um tema importante para a
saúde pública, o Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina
de Petrópolis (UNIFASE/FMP) recebeu, pela primeira vez, nos dias 5 e 6 de
julho, o "Endo in Serra", a edição serrana do "Endometriose in
Rio".
"Trouxemos para esse
meeting professores renomados no Brasil para uma discussão sobre essa doença
extrema. Atualizamos esses profissionais através de cirurgias ao vivo,
demonstrando alguns procedimentos e apresentando as abordagens clínicas.
Exemplo disso, é a cirurgia robótica, onde nós conseguimos uma recuperação
excelente", observa o médico e professor de clínica cirúrgica da
UNIFASE/FMP, Dr. Marco Antônio Banal Xavier, responsável pela organização do
evento.
O encontro reuniu
profissionais de diversas áreas da saúde, enfatizando a importância da
abordagem multidisciplinar no cuidado com as pacientes. Capacitar enfermeiros,
fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas é fundamental para o suporte
pós-operatório até o cuidado psicológico e nutricional. Apesar de afetar de 10
a 15% das mulheres em idade reprodutiva, entre 15 e 49 anos, a endometriose
demora, em média, sete anos para ser diagnosticada, desde o surgimento dos
primeiros sinais e sintomas.
"Esse encontro é muito
importante porque a endometriose é capaz de impactar na qualidade de vida das
mulheres. Nem sempre é simples, nem sempre é fácil. Até o diagnóstico ela passa
por 5 ou 6 médicos, então qual é a consequência disso na vida da mulher? Ela
fica perdida! Impacta a vida social, profissional e sexual", destacou o
ginecologista, Dr. Carlos Romualdo Gama.
Para Maria Isabel de Sá Earp
de Resende Chaves, diretora geral da UNIFASE/FMP, a realização desse evento na
instituição é relevante pois traz inovação na área de saúde da mulher e
benefícios para a sociedade Petropolitana.
"Esse evento une
tecnologia, inovação e aprofundamento científico. Tivemos um curso no nosso
Centro de Inovação, Pesquisa e Atualização Cirúrgica, que foi um sucesso, e
também uma transmissão de uma cirurgia ao vivo. É a junção de estudos
científicos e qualidade de vida da mulher, é tudo que nós, como agentes
formadores, desejamos que aconteça na nossa instituição. E ainda estamos muito
felizes porque nessa comissão organizadora temos muitos ex-alunos da Faculdade
de Medicina de Petrópolis, que hoje são os protagonistas", ressaltou Maria
Isabel de Sá Earp de Resende Chaves.
Além do evento, a UNIFASE/FMP
promoveu no Centro de Inovação, Pesquisa e Atualização Cirúrgica (CIPAC) o
Curso de Atualização Técnica Cirúrgica Laparoscópica: do Básico ao Avançado,
coordenado pelo professor de clínica cirúrgica da UNIFASE/FMP, Marco Antônio
Banal Xavier, que é habilitado pelo AdventHealth Nicholson Center em Robótica,
titular da SOBRACIL e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, que ofereceu aos
estudantes de Medicina, a partir do 5º ano, médicos residentes e médicos de
diversas especialidades a possibilidade de adquirirem expertise em cirurgia
vídeo laparoscópica.
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