Tecnologia, personalização e sustentabilidade ditam as tendências e desafio para o comércio

 

As projeções para o crescimento do varejo no Brasil no segundo semestre de 2024 apontam para uma perspectiva moderada. A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê um crescimento real de 1,5% para o ano de 2024, com base em fatores como a recuperação da renda real e a desaceleração da inflação. Com essa projeção, o varejo se prepara para enfrentar um cenário desafiador. As mudanças aceleradas pela pandemia continuam a impactar os hábitos de consumo e as expectativas dos clientes, o que exige das empresas uma rápida adaptação para se manterem competitivas. Entre as principais tendências que devem marcar o setor nos próximos meses estão a personalização da experiência do cliente, a integração das lojas físicas e virtuais e a sustentabilidade.

“O consumidor moderno busca experiências únicas e personalizadas e essa demanda é um desafio e uma oportunidade para os lojistas. Investir em tecnologia para oferecer recomendações personalizadas e criar um ambiente de compra interativo é essencial para conquistar a fidelidade do cliente. A CDL Petrópolis está incentivando os lojistas a acompanharem as tendências e anteciparem os desejos dos consumidores”, afirma o presidente da entidade, Cláudio Mohammad.

Pesquisas sobre o comportamento do consumidor apontam que a experiência do cliente se torna um diferencial cada vez mais crucial, com empresas apostando na personalização e interatividade para fidelizar consumidores. Utilizando tecnologias como inteligência artificial, as empresas podem oferecer recomendações personalizadas, criando um senso de exclusividade e valorização. Além disso, a interatividade ganha espaço com o uso de realidade aumentada e espelhos interativos, permitindo que os clientes experimentem produtos virtualmente, aumentando o engajamento e a satisfação.

“O lojista, em sua maioria, ainda não alcançou esse patamar de interatividade tecnológicas, mas hoje um dos degraus, a chamada “omnicanalidade”, que é a integração de lojas físicas e virtuais já é ‘obrigatória’ para oferecer uma experiência de compra fluida e conveniente. A possibilidade de retirar produtos na loja, realizar devoluções em pontos físicos e acessar ofertas personalizadas são vantagens que atraem consumidores e facilitam a jornada de compra passaram a fazer parte da estrutura dos pontos comerciais”, analisa o empresário.

O crescimento do e-commerce continua a abrir novas oportunidades, especialmente com a expansão de nichos de mercado e a exploração de vendas internacionais. Empresas que investirem em plataformas robustas e logística eficiente estarão bem posicionadas para aproveitar esse crescimento. Além disso, as redes sociais permanecem um canal fundamental para o varejo, possibilitando a construção de relacionamentos com os clientes e a promoção de ofertas por meio de influenciadores digitais e social commerce.

“A sustentabilidade emerge como um diferencial competitivo essencial, com consumidores cada vez mais conscientes e exigentes quanto às práticas ambientais e sociais das empresas. A adoção de produtos ecológicos, embalagens recicladas e logística verde não apenas atende a essa demanda crescente, mas também contribui para uma imagem de marca positiva e responsável”, observa Cláudio Mohammad.

No campo da tecnologia, a inteligência artificial e a realidade aumentada despontam como ferramentas-chave para a transformação do varejo. A inteligência artificial permite a personalização de recomendações e a automação de tarefas, enquanto a realidade aumentada oferece experiências de compra imersivas e engajadoras.

“Na era digital, que vem de forma acelerada, as empresas vão ter de investir em tecnologias emergentes, práticas sustentáveis e estratégias de omnicanalidade. É um caminho que foi impulsionado pela pandemia e que não irá retroceder. À medida que o setor se adapta às novas realidades pós-pandemia, a capacidade de inovar e responder às mudanças no comportamento do consumidor será crucial para o sucesso contínuo”, aponta Cláudio Mohammad, presidente da CDL Petrópolis.