Hospital Santa Teresa / Foto: Divulgação |
No mês em que se celebra o Dia Mundial da Trombose, o Hospital
Santa Teresa reforça a importância de conscientizar a população sobre o risco
aumentado de trombose em pacientes com doenças inflamatórias sistêmicas,
especialmente as reumatológicas. A trombose arterial e venosa está diretamente
ligada à inflamação sistêmica que ocorre em doenças autoimunes, como lúpus,
síndrome do anticorpo antifosfolipídeo, doença de Behçet, artrite reumatoide e
síndromes de vasculite.
O Dr. André Marchiori, cirurgião vascular do Hospital Santa
Teresa, explica que a inflamação sistêmica associada a essas condições
desestabiliza o equilíbrio entre os fatores pró-coagulantes e anticoagulantes
no sangue. "A inflamação crônica promove a liberação de marcadores
inflamatórios e citocinas, que criam um ambiente favorável à formação de
coágulos. Essa modulação inflamatória regula negativamente os anticoagulantes naturais
do corpo, aumentando o risco de trombose", afirma o especialista.
Além disso, o uso prolongado e em altas doses de corticoides,
comum no tratamento dessas doenças, está associado a um risco ainda maior de
trombose. "Pacientes reumatológicos crônicos devem ter acompanhamento
vascular regular, pois eventos trombóticos podem desencadear complicações
graves, como embolia pulmonar ou insuficiência venosa crônica", alerta o
Dr. Marchiori.
Reconhecer os sinais de trombose é essencial para o diagnóstico
precoce e o tratamento imediato. Sintomas como endurecimento, inchaço e dor
aguda nos membros devem ser avaliados rapidamente para evitar complicações que
podem ser fatais. A identificação precoce e o tratamento rápido são cruciais
para minimizar os riscos e melhorar o prognóstico do paciente.
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