O Outubro Rosa é um momento
para chamar a atenção para a prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama.
Neste ano, o Centro de Terapia Oncológica (CTO), referência no tratamento do
câncer em Petrópolis e região, realiza uma série de atividades com o tema “Quem
procura, cura” e a abordagem: “Estou com câncer, e agora?”. O objetivo é
conscientizar a população sobre a importância de realizar os exames e fazer o
acompanhamento médico já que quanto mais cedo a doença é identificada, maior as
chances de cura e de tratamentos menos invasivos.
A ginecologista, Marilda
Plácido, tem participado das ações do CTO. Ela explica que a doença afeta
principalmente mulheres e apenas 1% dos casos ocorre em homens. Para a médica,
a conscientização e o conhecimento sobre os fatores de risco e exames
recomendados são fundamentais para combater a doença.
De acordo com Marilda, os
fatores de risco incluem a idade, com maior incidência em mulheres com mais de
50 anos, embora também possa acometer jovens. A herança genética e a presença
de mutações aumentam a probabilidade, especialmente em pessoas com histórico
familiar de parentes de primeiro grau, como mãe, irmã e filha. Além disso,
fatores como obesidade, consumo de alimentos ricos em gordura e álcool,
sedentarismo, ausência de filhos ou gravidez em idade avançada, e menopausa
tardia, entre outros, contribuem para o maior risco de desenvolvimento da
doença.
Marilda esclarece que o
autoexame é uma ferramenta que as mulheres têm, mas não deve ser o principal
método de detecção precoce, já que ele costuma identificar nódulos em fases
mais avançadas, com 2 a 3 cm de tamanho. Em comparação, profissionais de saúde,
treinados em exame clínico das mamas, podem detectar nódulos menores com cerca
de 1 cm, e a mamografia, dependendo das características da mama, é capaz de
identificar alterações a partir de milímetros. Ou seja, a mamografia é
essencial para detectar tumores em fase inicial, aumentando as chances de cura
e possibilitando tratamentos menos invasivos.
A recomendação do Instituto
Nacional de Câncer (INCA) é que mulheres façam mamografia de rastreamento a
partir dos 50 anos. Já a Sociedade Brasileira de Mastologia sugere que a
mamografia anual seja iniciada aos 40 anos. Em alguns casos, é possível
realizar uma mamografia diagnóstica já a partir dos 35 anos.
Com relação ao autoexame pode
ser feito em qualquer idade, preferencialmente, após o período menstrual,
quando a mama está menos inchada, o que facilita a percepção de alterações.
“A mamografia não previne o
câncer, mas detecta alterações precocemente, aumentando significativamente as
chances de cura. Quando diagnosticado em estágio inicial, as cirurgias são
menores e, em alguns casos, é possível evitar quimioterapia”, destaca Marilda.
Ela reforça que o medo do diagnóstico não deve paralisar, mas sim motivar a
busca por ajuda médica. “Ignorar um sinal pode permitir que o tumor se
desenvolva. O Outubro Rosa é uma estratégia para sensibilizar a sociedade e
incentivar as mulheres a realizarem os exames”, destaca.
Outubro Rosa no CTO
Durante todo o mês de outubro,
o CTO tem realizado atividades voltadas à educação, apoio e engajamento da
comunidade sobre a prevenção e o tratamento do câncer de mama.
Entre as ações, estão rodas de
conversa, eventos educativos e atividades de conscientização, com o objetivo de
promover um espaço seguro para esclarecimentos e troca de experiências.
A campanha reforça a
importância de buscar orientação médica ao notar alterações na mama e incentiva
as mulheres a realizarem exames regularmente.
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