O acúmulo de lixo em Itaipava,
que antes representava um transtorno urbano, agora se transformou em uma crise
sanitária que pode se agravar. Sem coleta regular há semanas em várias
localidades, o problema ameaça diretamente a saúde pública. Montanhas de resíduos
se acumulam em calçadas, ruas e pontos de ônibus, criando condições ideais para
a proliferação de ratos, baratas, mosquitos transmissores da dengue e até mesmo
atraindo animais silvestres como quatis e gambás. O movimento UNITA – Unidos
por Itaipava – que havia oficiado prefeitura e Comdep, está reforçando pedido
de providências imediatas agora às autoridades sanitárias da cidade e do
Estado.
A situação já afeta moradores
do distrito, que também é um dos principais polos turísticos e econômicos de Petrópolis.
Residentes e empresários relatam que o problema, além de comprometer o
bem-estar, tem impacto direto na economia local, afastando visitantes e
prejudicando a imagem do distrito. O período que antecede o Natal, de movimento
grande de turistas e moradores, está prejudicando com as montanhas de lixo que
também, além das vias adjacentes, ocupam as ruas principais.
Para Alexandre Plantz,
presidente do movimento Unidos por Itaipava (Unita), a falta de coleta de lixo
já não pode ser tratada como uma simples falha administrativa. “Estamos diante
de uma crise de saúde pública. O lixo acumulado não é apenas um
problema estético ou ambiental, é uma questão que coloca em risco a vida das
pessoas. O problema precisa ser resolvido agora porque a tendência, com maior
consumo na época de festas é se tornar insustentável”, afirma.
Fabrício Santos, secretário da
UNITA, reforça a gravidade do cenário. “Já temos relatos de infestação de ratos
e de mosquitos da dengue, além de animais silvestres sendo atraídos para áreas
urbanas. É urgente que as autoridades tratem esse problema como uma
prioridade”, alerta.
Diante do agravamento da
crise, a Unita tomou medidas para pressionar o poder público. Ofícios foram
enviados às secretarias estadual e municipal de saúde, solicitando providências
imediatas para enfrentar a crise sanitária instalada no distrito. Entre as
demandas, a entidade pede ações emergenciais de limpeza e saneamento, além de
campanhas de conscientização e controle de vetores.
“ Itaipava precisa de soluções
imediatas. Estamos cobrando ações concretas para proteger a população e
resgatar a dignidade do distrito”, destaca Plantz. A situação também reacende a
discussão sobre a importância de um planejamento eficiente de saneamento básico
e limpeza urbana. Para Fabrício Santos, a crise atual deve servir de alerta.
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