Após a pré-estreia para convidados, o filme segue para ser exibido em escolas e universidades / Foto: Marise Simões |
Na última segunda-feira, 25 de
novembro, o filme ‘Cidade Esquecida: um documentário sobre os moradores em
situação de rua de Petrópolis’ estreou em uma sessão exclusiva para convidados
no Cine Humberto Mauro, no Centro de Cultura Raul de Leoni. O evento foi
marcado por momentos de profunda reflexão e emoção, especialmente durante o
bate-papo com o Pastor Carlos, morador de rua em Petrópolis há quatro anos.
Comovendo a plateia, ele compartilhou suas experiências sobre os desafios
diários e seus sonhos de reconstrução de vida.
Com 50 minutos de duração, o
documentário vai além do relato factual, explorando as raízes da
vulnerabilidade social, como conflitos familiares e a fragilidade dos vínculos
afetivos. A obra é uma janela para histórias que revelam a complexidade das
escolhas e circunstâncias que levam à vida nas ruas, convidando o público a
refletir sobre políticas públicas e ações sociais transformadoras.
A concepção do documentário
partiu do próprio diretor, Rodolfo Medeiros, que, durante seu trajeto diário
para casa, se deparava com moradores em situação de rua. Sua sensibilidade e
empatia transformaram esses encontros cotidianos em ‘Cidade Esquecida’, uma obra
que dá visibilidade a histórias muitas vezes invisíveis, demonstrando o poder
do audiovisual em gerar impacto e ampliar perspectivas. Medeiros ressalta que
algumas trajetórias refletem a rua como uma passagem temporária, enquanto
outras revelam uma busca por liberdade e reinvenção. Assim, o filme se destaca
por apresentar narrativas plurais.
“Este projeto é mais do que um
filme; é um chamado à empatia e à responsabilidade social, fundamentado em
valores humanos e éticos”, afirma o diretor.
A produção, realizada por uma
equipe dedicada, envolveu uma pesquisa de campo minuciosa por bairros e
avenidas de Petrópolis durante noites e madrugadas, em busca de histórias.
Entre os colaboradores estão os pesquisadores Leandra Lima, Ester Gastaldo,
Mari Manzini e Pedro Daiuto, além da assistente de direção Amanda Leontina e da
fotógrafa de set (Stil) Mari Marinho, responsável pelo registro visual do
projeto. Hugo Theobald assinou a direção de fotografia.
Pastor Carlos participando do bate-papo com o diretor Rodolfo Medeiros / Foto: Amanda Leontina |
A jornalista Marise Simões,
responsável pela produção executiva, destaca o caráter coletivo da obra: “Foi
uma jornada construída por muitas mãos e corações que levou meses de dedicação
para ser concluída.”
Após a estreia, Cidade Esquecida
seguirá para novas exibições em escolas, universidades e mostras audiovisuais,
com o objetivo de ampliar o alcance de sua mensagem. Contemplado pelo Edital de
Produções Audiovisuais (Chamada Pública 02/2023) da Prefeitura de Petrópolis e
apoiado pelo Governo Federal por meio da Lei Paulo Gustavo, o documentário
reafirma o poder do cinema como um instrumento de transformação social e
conscientização coletiva. Os bastidores das filmagens, apresentações e outras
curiosidades podem ser acompanhados no Instagram: @cidade.esquecida2024.
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