Dr. André Sá Earp



Neste Novembro Azul, o Hospital Santa Teresa reforça a importância dos cuidados com a saúde masculina e a necessidade do diagnóstico precoce do câncer de próstata. O urologista Dr. André Sá Earp compartilha informações fundamentais para conscientizar os homens sobre os fatores de risco e as melhores práticas preventivas.


"O câncer de próstata é influenciado por fatores como idade, histórico familiar, etnia, consumo excessivo de álcool e fumo, sedentarismo, obesidade e algumas alterações genéticas. Para minimizar esses riscos, é essencial que os homens adotem um estilo de vida saudável, praticando exercícios, evitando o tabagismo e o consumo exagerado de álcool, além de manterem uma alimentação balanceada", orienta o Dr. André.


O especialista destaca também as idades recomendadas para a realização de exames preventivos: "homens a partir dos 45 anos, que possuem histórico familiar de câncer de próstata ou sejam de etnia negra, devem iniciar o rastreamento mais cedo. Já aqueles sem esses fatores de risco podem começar aos 50 anos. Em casos de múltiplos familiares com histórico da doença, é aconselhável iniciar o acompanhamento a partir dos 40 anos".


Para o diagnóstico precoce, exames como o toque retal, o PSA (exame de sangue) e, em alguns casos, a ressonância magnética são fundamentais. "Esses exames, aliados ao acompanhamento regular com um urologista, aumentam significativamente as chances de cura. Quando diagnosticado precocemente, a taxa de cura do câncer de próstata pode chegar a 90%", explica o Dr. André.


Ele ressalta ainda que os sintomas iniciais do câncer de próstata são muitas vezes confundidos com o crescimento benigno da próstata, como dificuldade para urinar, necessidade de urinar várias vezes ao dia, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e diminuição do jato urinário. "Por isso, é tão importante a realização dos exames preventivos, já que esses sintomas não permitem diferenciar o crescimento benigno de um maligno", alerta.


Por fim, o Dr. André explica que, dependendo do estágio da doença, há diferentes opções de tratamento: "em casos menos agressivos, pode-se optar pela vigilância ativa, que consiste em monitorar o desenvolvimento do tumor. Em outros casos, há tratamentos como a cirurgia, radioterapia e, em estágios avançados, uma combinação de terapias. É importante que o tratamento seja individualizado, garantindo a melhor abordagem para cada paciente".

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