Com a proximidade do verão,
reacende a preocupação da UNITA, a associação Unidos por Itaipava, com a
vulnerabilidade do sistema de energia em Petrópolis durante as fortes chuvas.
De olho especialmente nas regiões de grande fluxo turístico, a UNITA está
oficiando a Enel, responsável pelo fornecimento de energia no município, para
discutir o plano de contingência e as ações preventivas previstas pela
companhia para os próximos meses.
A falta de energia elétrica
traz impactos diretos para comércios e serviços de turismo, como bares, hotéis,
pousadas e restaurantes, que dependem do abastecimento contínuo para
funcionamento. Para a UNITA, o maior problema está na demora na resposta da
Enel em conseguir reestabelecer o serviço. “Petrópolis, uma cidade de
importância turística e com grande população, sofre com quedas prolongadas
de energia a cada temporal. Queremos mais segurança em resposta
rápida em casos de incidentes com as chuvas e evitar que o verão
traga mais incertezas para a cidade”, afirma Alexandre Plantz,
presidente da UNITA.
A
entidade também expressa preocupação com a poda de árvores e a
limpeza de galhos e folhagens próximas à rede elétrica, uma vez que a queda nas
fiações é um fator que intensifica o risco de apagões. “Ficou mais
evidente, a olhos vistos, uma operação contínua da empresa nos distritos. Temos
visto com mais frequência equipes de poda e manutenção. É importante que a
empresa dimensione o que foi feito e como funcionará uma operação emergencial
caso necessário”, aponta Fabrício Santos, secretário da associação.
A UNITA destaca a importância
de medidas de contenção mais efetivas e do comprometimento da Enel em evitar
longos períodos de falta de energia como os ocorridosdurante o carnaval
de 2023, quando após um temporal, os moradores de algumas localidades
chegaram a passar até 10 dias sem luz. A demora no restabelecimento do serviço
motivou uma multa de R$ 16 milhões à Enel, aplicada pelo Procon Petrópolis.
Também em 2023, após um forte
temporal que ocorreu em novembro, moradores de diferentes regiões realizaram
manifestações por conta da falta de luz. Alguns moradores também sofreram dias
com o desabastecimento de água causado
pela falta de energia.Na época, o Ministério Público do Rio de
Janeiro (MPRJ) ingressou com uma ação exigindo que o fornecimento de
energia fosse restabelecido em até quatro horas em qualquer
interrupção, sob pena de multa de R$ 10 mil.
“Nossa prioridade é assegurar
que a Enel realize ações preventivas e, em caso de interrupção, garanta o
restabelecimento imediato. Os impactos de uma longa interrupção são imensos,
tanto para moradores quanto para o comércio e o turismo
local”, frisa Fabrício Santos.
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