A partir de 2025, adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade social em Petrópolis contarão com um novo método contraceptivo gratuito oferecido pela Prefeitura, por meio da Secretaria de Saúde. Trata-se do Implanon, um implante subdérmico de etonogestrel que será disponibilizado inicialmente no Centro de Saúde Coletiva e na Unidade Básica de Saúde (UBS) de Itaipava.
O projeto, que integra o planejamento familiar, é fruto de uma iniciativa da Área Técnica de Saúde da Criança e do Adolescente, iniciada em outubro de 2022. "Nosso objetivo é garantir que adolescentes e mulheres em situação de vulnerabilidade tenham acesso aos métodos contraceptivos mais modernos e eficazes, ampliando as possibilidades de planejamento familiar e promovendo mais autonomia sobre suas escolhas. Essa medida reflete nosso compromisso com a saúde pública e com a redução de desigualdades, oferecendo um cuidado integral e humanizado às famílias da cidade", destacou o prefeito Rubens Bomtempo.
O Implanon é um bastonete flexível de 4 cm, inserido sob a pele do braço, que libera hormônio de forma contínua, prevenindo a ovulação e dificultando a entrada dos espermatozoides. O método tem alta eficácia, com índice de falha de apenas 0,05%. Sua utilização, no entanto, é reversível, podendo ser interrompida a qualquer momento.
De acordo com o secretário de Saúde, Ricardo Patulea, o projeto busca atender a uma necessidade urgente: "Embora tenhamos registrado uma redução de 46,5% nas gestações na adolescência entre 2014 e 2022, os números ainda são preocupantes. Precisamos de intervenções efetivas para melhorar a saúde da população adolescente e infantil, enfrentando um problema que é de saúde pública mundial", ressalta Patuléa.
O projeto piloto será iniciado com mulheres e adolescentes de maior vulnerabilidade social, em conformidade com a Portaria SCTIE/MS nº 13, de 2021. Em janeiro, as equipes serão capacitadas e, durante a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, em fevereiro, serão realizados treinamentos e divulgação do protocolo para a Rede de Atenção à Saúde.
Estudos apontam que adolescentes grávidas estão mais expostas a riscos obstétricos, como pré-eclâmpsia, parto prematuro e hemorragia pós-parto, além de desfechos neonatais como prematuridade e baixo peso ao nascer. "A introdução do Implanon no planejamento familiar é um passo importante para garantir melhores condições de saúde e qualidade de vida às nossas adolescentes", concluiu Patulea.
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