Lançamento do Cine Gerações... O Escola de Cineclube / Divulgação


Composto por 14 estudantes da Escola Municipal Clemente Fernandes, na 24 de maio, o Cine Gerações nasceu em 2024 como fruto do “Escola de Cineclube”, projeto de formação cineclubista realizado pelo Cine Pagu ao longo de 4 meses em quatro escolas da rede municipal de Petrópolis. Mais do que um cineclube, o Cine Gerações é uma iniciativa pioneira, que explora as diversas fases da vida e as mais diversas problemáticas de cada etapa, promovendo reflexões e debates através do cinema.



O nome, a identidade visual e até os objetivos do cineclube foram pensados coletivamente pelos próprios estudantes. Com um olhar voltado para os desafios e aprendizados da infância, adolescência, vida adulta e terceira idade, o Cine Gerações escolheu como missão conectar diferentes gerações dentro e fora da escola, utilizando o cinema como ponto de encontro entre experiências e perspectivas.


Estrutura colaborativa: equipes e protagonismo

Para que o cineclube fosse dinâmico e autogerido, os 14 alunos participantes dividiram-se em três equipes principais.


Produção: responsáveis por organizar as sessões de exibição, desde a logística até os detalhes do dia a dia do cineclube.


Comunicação: equipe que criou a identidade visual, administra o perfil no Instagram (@cinegeracoes_ ) e divulga as sessões e atividades do cineclube.


Curadoria: grupo que seleciona os filmes a serem exibidos, definindo temáticas e conectando os conteúdos às problemáticas das diferentes fases da vida.


Esse modelo de organização garantiu que os estudantes não apenas aprendessem sobre cineclubismo, mas também desenvolvessem habilidades práticas em áreas como comunicação, gestão de projetos e trabalho em equipe.


Lançamento na Sala Humberto Mauro

A primeira sessão do Cine Gerações foi realizada em grande estilo na Sala de Cinema Humberto Mauro, localizada no Centro de Cultura Raul de Leoni, em Petrópolis. O evento ocorreu no dia 05 de dezembro e reuniu não apenas alunos, professores e funcionários da Escola Municipal Clemente Fernandes, mas também um público externo, marcando o início oficial das atividades do cineclube.

 


Dois curtas-metragens foram selecionados pelos estudantes para a sessão inaugural:




- Bonita de rosto, dirigido por Ana Squilanti.

Celina, uma menina de 12 anos, vive a vida plenamente até que, por conta das respostas que deu em um caderno de perguntas — a “rede social” dos anos 2000 —, passa a ser perseguida pelos colegas na escola.





- Eu não quero voltar sozinho, dirigido por Daniel Ribeiro.

A vida de Leonardo, um adolescente deficiente visual, muda com a chegada de Gabriel, um novo aluno em sua escola. O jovem vive a inocência da descoberta do amor e da homossexualidade, ao mesmo tempo em que lida com o ciúme da amiga Giovana.

 

Os filmes foram escolhidos por representarem a adolescência, fase em que os integrantes do cineclube estão vivendo. Ambos os curtas abordam questões relacionadas a descobertas, preconceitos e outras vivências típicas dessa etapa da vida escolar, proporcionando uma identificação imediata com o público da escola.



Cineclubismo como espaço de troca e transformação

“O Cine Gerações é mais do que um cineclube. Ele reflete o desejo dos jovens de se expressarem e de criarem conexões genuínas entre diferentes gerações. Ver o protagonismo deles em todas as etapas, desde a escolha do nome até a condução das sessões, é incrível. Uma das integrantes do cineclube contou que, através do processo de formação cineclubista, descobriu como o cinema pode ser uma ferramenta para refletir e discutir sobre qualquer assunto. E isso é muito potente.”, conta Beatriz Ohana, Diretora Geral e Executiva do Cine Pagu.



A página oficial do Cine Gerações no Instagram (@cinegeracoes_) irá divulgar as próximas atividades e manterá a comunidade atualizada sobre as sessões futuras e temas a serem explorados.



O projeto “Escola de Cineclube”, que deu origem ao Cine Gerações e mais outros dois cineclubes, foi realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo, através de edital da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado do Rio de Janeiro, e é uma prova de como o audiovisual pode ser uma ferramenta poderosa para criar laços, fomentar debates e transformar espaços escolares em ambientes de diálogo, criatividade e troca entre diferentes vivências.

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