A cidade de Petrópolis é considerada berço do cinema brasileiro. A primeira exibição de um filme no Brasil aconteceu em 1896, no Rio, mas a primeira exibição de um filme produzido e dirigido no país ocorreu em Petrópolis, em 1897. E com essa tradição na sétima arte, que a cidade sedia, entre os dias 2 e 7 de dezembro, a 14ª Mostra Audiovisual de Petrópolis (MAP). Promovido pelo curso Ensino Médio Integrado em Produção de Áudio e Vídeo (EMI-AV) do Colégio Dom Pedro II, o evento transformará o Centro Cultural Sesc Quitandinha em um efervescente polo cultural, reunindo cineastas, educadores, estudantes e apaixonados pela arte do cinema. Uma das oficinas, no entanto, acontece na Estácio, campus Petrópolis, na segunda, dia 2, às 14h, abrindo a série de encontros de aprendizado, abordando as linguagens documentais no mundo contemporâneo. 


Com o tema “Linguagens híbridas II – As interseções entre o audiovisual e outras artes”, a programação da MAP é um convite para explorar os múltiplos diálogos entre o cinema e outras formas de expressão artística. Serão mais de 40 produções exibidas, entre curtas e longas-metragens, incluindo destaques do cenário nacional e produções locais, especialmente as criadas pelos alunos do EMI-AV. “É um momento muito aguardado pelos nossos jovens, que têm a oportunidade de não apenas apresentar suas obras mas, especialmente, entrar em contato com profissionais do mercado e trocar experiências e aprendizados”, diz Elaine Mayworm, diretora da MAP e professora da área técnica do EMI-AV.


O evento também promove oficinas, masterclasses, rodas de debates e o aguardado Fórum de Educadores e Profissionais do Mercado, um espaço essencial para discutir as conexões entre educação, cultura e audiovisual. Um dos momentos mais esperados é a estreia de filmes petropolitanos realizados com o incentivo da Lei Paulo Gustavo, um marco para a produção cultural local.



Educação e cinema de mãos dadas

Desde 2010, a MAP vem consolidando sua missão de promover a formação audiovisual e a democratização do cinema. Construído de forma colaborativa, o festival é um reflexo do talento e do esforço de jovens realizadores, educadores e profissionais, proporcionando uma experiência enriquecedora para o público.


Este ano, a parceria com a Estácio também destaca a importância da integração entre a educação básica e superior, com a oficina sobre linguagens documentais nos dias atuais com a coordenadora do curso de Jornalismo da Estácio, Estela Siqueira. 


 “Queremos estreitar ainda mais esse relacionamento com o Ensino Médio Integrado em Produção de Áudio e Vídeo e a oficina será ponto de partida para mais ações em conjunto”, afirma.


Além de ser um palco para novos talentos, a MAP celebra a cultura cinematográfica de Petrópolis, uma cidade que há mais de um século flerta com as lentes do cinema. O evento é gratuito e promete atrair não apenas estudantes e profissionais, mas também o público em geral, interessado em se conectar com as novas tendências e produções do audiovisual brasileiro.


Para acompanhar a programação completa e participar das atividades, siga as redes sociais oficiais da mostra: @mostrapetropolis e @emi.av.pet.



Berço do cinema

O filme "Chegada do Trem em Petrópolis", a primeira película produzida e exibida no país,  foi reproduzida no então Teatro Cassino Fluminense, na Rua do Imperador, no número 970, hoje onde é o Edifício Profissional. O filme foi dirigido por Vittorio di Maio e mostrava uma cena cotidiana de uma estação de trem. E desde então, a cidade tem uma longa história com o cinema. Petrópolis continua a ser um local importante para a produção cinematográfica no Brasil, com muitas produções nacionais sendo gravadas na cidade devido ao seu cenário histórico e belezas naturais. 

 

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