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Num ato poderoso para promover aceitação e respeito às diferentes religiões e crenças, o Coletivo do Povo do Santo promove debate sobre racismo religioso neste sabadão (25/01), em referência ao Dia Nacional de combate a intolerância religiosa.
Com a presença de umbandistas, candomblecistas, católicos, evangélicos e ateus, é aberto e diverso a todos aqueles que lutam por respeito e igualdade, o ato começa às 14h no Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), localizado na Rua Monsenhor Bacelar, 400. Ao fim da roda de conversa com o Babalorixá Márcio de Jagun, haverá roda de curimba e lanche compartilhado.
Organizado pelo Coletivo do Povo do Santo, em parceria com o Centro de Defesa dos Direitos Humanos (CDDH), o evento apresentará uma rica programação, incluindo oportunidades de diálogo sobre a importância da tolerância religiosa e o entendimento mútuo.
E nessa celebração da diversidade, a roda de conversa simboliza a possibilidade de construir uma sociedade mais inclusiva, na visão do pai de santo Pedro Nogueira, do Templo Caboclo Sr. Ogun 7 Escudos.
“O ato é uma oportunidade para toda a sociedade petropolitana se conscientizar e reafirmar seu compromisso com a coexistência pacífica. Em um mundo diversificado, é fundamental reconhecer a beleza da pluralidade de crenças, construindo uma sociedade inclusiva e plena de respeito às individualidades e diversidades”, acredita Pai Pedro, que também é organizador do Coletivo do Povo do Santo.
“Nossa abordagem objetiva reflexões sobre a construção colonial da cultura brasileira e sua estruturação organizada nos dois principais pilares: a racialidade e a hegemonia religiosa. A partir da análise desses padrões, falaremos acerca da descolonização de nossas relações étnicas e também da intolerância religiosa.” Afirma o Doutor e Babalorixá Márcio de Jagun.
Sobre o Babalorixá Márcio de Jagun:
Graduado em Direito (UCAM), Mestre em Educação (UERJ), Doutor em Filosofia (UERJ), Pós-doutor em Ciência da Religião (UFJF), Pós-doutor em Metafísica (UERJ), Professor de cultura e idioma ioruba (Prolem/Uff), Professor de filosofia ioruba (Proeper/Uerj), membro titular da cadeira 41 da Academia Pan-americana de Letras e Artes,
advogado atuante nas pautas de Direitos Humanos, atualmente Coordenador da Diversidade Religiosa do Município do Rio de Janeiro, Babalorixa do Ilé Àṣẹ Àiyé Ọbalúwáiyé. Autor de oito livros publicados sobre cultura afro-brasileira: Orí a Cabeça como Divindade, Yorùbá Vocabulário Temático do Candomblé, Ewé a Chave do Portal, Nkọ́ Yorùbá, A Sala de Aula não cabe no mundo, O Candomblé em Tempos de Crise, Akin e a Visita de Àrùn, Abiláyọ̀ Nascido da Alegria.
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