O Hospital Santa Teresa aproveita a campanha Fevereiro Roxo, mês dedicado à conscientização sobre doenças como fibromialgia, lúpus e Alzheimer, para reforçar a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado dessas condições. A reumatologista do hospital, Dra. Ana Lisa Gallagher, Hospital Santa Teresa alerta para a importância do diagnóstico precoce de fibromialgia e lúpus.
A fibromialgia é uma condição que se manifesta com dores difusas pelo corpo,
frequentemente acompanhadas de cefaleia, constipação e insônia. Segundo
a Dra. Ana Lisa Gallagher, "a fibromialgia pode ser primária ou
secundária, e está frequentemente associada a doenças de base ou a fatores como
estresse emocional, depressão, obesidade e sedentarismo. Mulheres na menopausa
são as mais afetadas."
O diagnóstico, explica a especialista, requer uma avaliação clínica cuidadosa para excluir outras doenças que podem simular os sintomas da fibromialgia, como problemas na tireoide. "É fundamental investigar e tratar patologias associadas, além de adotar medidas como exercícios físicos diários, que ajudam na liberação de endorfinas e melhoram a qualidade de vida do paciente. A correção de hábitos que prejudicam o sono e o acompanhamento multidisciplinar também são essenciais para o tratamento", completa.
Já o lúpus é uma doença autoimune que pode afetar múltiplos órgãos, como pele,
rins, coração, cérebro e articulações. A Dra. Ana Lisa
Gallagher explica que "o LES ocorre em pessoas com predisposição
genética que entram em contato com um antígeno, desencadeando uma resposta
imunológica desregulada. O diagnóstico é baseado em critérios clínicos e
laboratoriais, e o tratamento precoce é crucial para evitar complicações
graves."
Entre os sintomas mais comuns
do lúpus estão lesões de pele específicas, como a clássica "lesão em asa
de borboleta" no rosto, alopecia, perda de proteínas pela urina e
inflamação das serosas. A médica alerta que "o diagnóstico não deve ser
baseado apenas no exame FAN (fator antinuclear), que pode gerar confusão. É
necessário correlacionar os achados laboratoriais com os critérios clínicos
para um diagnóstico preciso."
O tratamento do LES envolve o
uso de imunossupressores e imunomoduladores, além da suspensão de fatores de
risco, como exposição ao sol e ao estrogênio. "O acompanhamento frequente
com um reumatologista é fundamental para o controle da doença e a melhoria da
qualidade de vida do paciente", reforça a especialista.
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