A superintendente estadual do
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, Patrícia
Corrêa, e a procuradora do Ministério Público Federal - MPF, Vanessa Seguezzi,
apresentaram ao prefeito e secretários de governo o projeto de rerratificação
do projeto de tombamento do Conjunto Urbano-Paisagístico de Petrópolis. O novo
tombamento, que é a quarta revisão do tombamento original do Acervo
Paisagístico e Urbanístico da Avenida Koeller (1964) prevê o destombamento de algumas
áreas e a inclusão de novas, além da criação de normas e portarias para
garantir a melhor gestão do patrimônio tombado.
“Nosso objetivo é encontrar
equilíbrio entre preservação e desenvolvimento, garantindo que a proteção do
nosso patrimônio cultural aconteça de forma responsável, sem impedir o avanço
sustentável e necessário da cidade. Petrópolis é uma das cidades do país com
maior relevância histórica e turística, não por acaso é a que tem o maior
número de tombamentos na Região Serrana. Qualquer decisão sobre seu tombamento
precisa ser amplamente debatida com a sociedade, considerando tanto a
necessidade de preservação, quanto as demandas da população”, destacou o
prefeito Hingo Hammes.
“A rerratificação do
tombamento da cidade de Petrópolis, além da questão dos próprios imóveis, que
ainda não haviam sido reconhecidos como tombados, existe a questão das
encostas. Porque a gente percebe que a cada chuva há desmoronamento e isso é
decorrente da expansão imobiliária. Quando a gente entra com a proteção também
do IPHAN, a gente consegue inibir essa ocupação desordenada e auxilia a
prefeitura nesse sentido, para que na chuva essas encostas sejam protegidas”,
explicou a superintendente estadual do IPHAN.
O MPF também faz parte do
debate do novo tombamento. “O Ministério Público Federal vem acompanhando essa
proposta desde 2018, quando o IPHAN iniciou os trabalhos e vem cobrando a
apresentação de um cronograma. O término desse trabalho é bem importante para
Petropolis, porque redefinindo regramento do seu tombamento, traz
segurança jurídica, tanto para os técnicos, quanto para os empreendedores, e
também permite ao município ter muito bem claro qual é a sua área de proteção,
a sua área de expansão”, analisou a procuradora da república.
O próximo passo é a
apresentação do novo tombamento para a sociedade civil, abrindo a questão ao
debate público, antes que o projeto seja efetivamente encaminhado para o
Ministério da Cultura e Homologado pelo Governo Federal.
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