Dra. Rosana Bizon - Professora Adjunta da FMP e Responsável Técnica pelo Laboratório em Medicina Regenerativa da UNIFASE/FMP


No dia 11 de fevereiro é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo? Dar visibilidade às conquistas das mulheres cientistas e incentivar novas gerações a seguirem seus passos. A data foi estabelecida em 2015 e reflete a necessidade de promover a igualdade de gênero e garantir a participação plena das mulheres no mundo científico. 


A pesquisadora e professora adjunta da Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP), doutora Rosana Bizon é um desses exemplos. Ela iniciou sua trajetória na Escola Técnica Federal de Química do Rio de Janeiro, em 1988, com apenas 16 anos de idade. Foi pioneira em vários projetos de pesquisa, trilhando um caminho de muito estudo e dedicação.


“Fiz parte da primeira turma do curso técnico em biotecnologia que foi idealizado pelos professores Radovan Borojevic e Maria Helena Nicola. Eu tive a oportunidade de participar de projetos pioneiros, como transplante de medula óssea, e na terapia celular no Brasil. Pude participar de iniciativas que foram inovadoras no mundo todo”, relembra ela.


Hoje ela também é responsável técnica pelo Laboratório de Medicina Regenerativa da UNIFASE/FMP. Rosana e mais quatro mulheres, entre mestres e doutoras nas áreas de farmácia e biomedicina, integram o grupo de pesquisa em Medicina Regenerativa. A equipe segue algumas linhas de estudo como a elaboração e condução de estudos pré-clínicos com uso de modelos de cultivo celular in vitro, e fornecimento de produtos obtidos a partir de células e tecidos humanos para a pesquisa clínica translacional.


“Como pesquisadora e professora eu fico muito feliz em poder abrir as portas dos laboratórios e levar essa realidade para as alunas. E o que eu vejo é que quando elas têm a possibilidade de ter contato com o laboratório e a pesquisa, seja básica ou aplicada, elas se interessam em buscar o melhor, através de inovação de produtos e de terapias que vão melhorar a qualidade de vida da população”, ressaltou a pesquisadora.


Estatísticas mostram que mulheres ainda enfrentam desigualdade no acesso a oportunidades, financiamento e reconhecimento em suas carreiras científicas, mas aos poucos, essa realidade começa a mudar. Cada vez mais mulheres estão conquistando espaço e contribuindo com pesquisas inovadoras que impactam a sociedade, é o que afirma a coordenadora do Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde da UNIFASE/FMP, a professora Maria Regina Bortolini. 


“Historicamente, a ciência tem sido mais masculina do que feminina, seja pela presença mais expressiva de cientistas homens ou mesmo pela abordagem masculinista da realidade. Isso tem a ver com todas as opressões e discriminações a que as mulheres estão submetidas na nossa sociedade. A sociedade também distingue certo ponto de vista, forma de pensar, para o lugar do masculino e do feminino, a partir da razão e da emoção. 


Essas dualidades e distinções também contribuíram para que mulheres só pudessem estar primeiramente nas áreas de humanas e sociais, e especialmente em áreas relativas aos cuidados: pedagogia, serviço social, enfermagem, etc. Hoje esse cenário está mudando e assim como na sociedade, as mulheres estão assumindo diferentes papéis e buscando se construir a partir de diferentes referências, atuando em várias áreas. Então áreas que antes eram ocupadas por homens, têm sido gradativamente ocupadas também por mulheres, não só nas universidades, mas na vida”, explicou a professora Maria Regina.


Tanto a professora Maria Regina Bortolini com a professora Rosana Bizon compartilham da mesma máxima, que com mais incentivo e apoio, meninas e mulheres podem se tornar protagonistas na ciência e tecnologia, inspirando futuras gerações e construindo um mundo mais igualitário. A egressa da UNIFASE/FMP, a psicóloga Ana Beatriz Gonçalves Mello disse que o desejo de estar na área da ciência e da pesquisa nasceu nos primeiros períodos da graduação.


“Tive professoras brilhantes tanto na graduação quanto nos grupos de pesquisa, que me apresentaram a pesquisa como fonte de transformação. Ser pesquisadora é descobrir e possibilitar que outras pessoas possam acessar um mundo de alternativas; é buscar criar pontes entre problemas e soluções, de forma acessível a todos, independentemente do grupo a que pertence”, salientou Ana Beatriz, que ainda faz parte grupo de estudo do Laboratório de Estudos em Representações Sociais e Saúde como convidada.



Incentivo à pesquisa e ciência

O Centro Universitário Arthur Sá Earp Neto/Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) e a Escola Técnica Irmã Dulce Bastos buscam incentivar e fomentar o pensamento científico entre o corpo docente e os estudantes com objetivo de produzir conhecimento a partir do delineamento e condução de projetos de pesquisa. 


Além disso, há um estímulo para as atividades de pesquisa que se enquadrem nas linhas institucionais e atendam as demandas do Sistema Único de Saúde (SUS), facilitam a comunicação e publicação dos resultados das pesquisas desenvolvidas no âmbito institucional e buscam despertar o interesse pela pesquisa em estudantes da rede da educação básica de Petrópolis.


Mais detalhes sobre o trabalho de pesquisa você pode encontrar no site https://www.unifase-rj.edu.br/pesquisa

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