O Centro Universitário Arthur
Sá Earp Neto e a Faculdade de Medicina de Petrópolis (UNIFASE/FMP) iniciaram
nesta semana uma série de encontros preparatórios para a 3ª Jornada da Virada
Climática, evento que chega este ano em sua terceira edição com o objetivo de
discutir e propor mudanças na relação da população com o meio ambiente. O ponto
alto da programação será uma conferência aberta ao público, no dia 27 de março,
reunindo especialistas e representantes da sociedade civil organizada. A proposta
é que o evento seja encerrado com a definição de propostas concretas que
considerem os impactos das mudanças nas diferentes realidades sociais e
estimulem a preservação ambiental.
As duas primeiras reuniões
preparatórias para a Jornada da Virada Climática foram realizadas nesta semana
no campus da UNIFASE/FMP. A primeira foi na segunda-feira (17) e contou com a
presença do coordenador de Projetos e Extensão da UNIFASE/FMP, Ricardo Tammela,
dos professores Paulo Sá (que também é coordenador do Ambulatório Escola),
Leonardo Rosas e Gleicielly Braga, e de representantes do Conselho Municipal de
Meio Ambiente (Comdema) - o gestor da Reserva Biológica Estadual de Araras
(Rebio Araras), Rômulo Troyack, e o agente ambiental da APA Petrópolis, Fábio
Migliari.
Na quarta-feira, a reitora Maria Isabel de Sá Earp de Resende Chaves reuniu representantes de instituições de ensino e pesquisa da cidade para discutir e alinhar ações conjuntas com base nas pautas que estarão em discussão na 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em novembro, em Belém (PA).
“Traremos para esta 3ª Jornada da Virada Climática três temas que serão
abordados na COP30. Escolhemos a desigualdade climática, já que Petrópolis tem
grande parte da população em vulnerabilidade em relação às questões climáticas;
as florestas, já que a nossa cidade tem uma cobertura de florestas muito
importante, e bioeconomia. São temáticas que têm uma aderência com Petrópolis.
Vamos colocar essas pautas em discussão para que, juntos, possamos pensar no
modelo de cidade que nós queremos para os próximos anos”, detalhou Ricardo
Tammela.
A Jornada da Virada Climática
foi criada pela UNIFASE/FMP em 2023, um ano após a tragédia ocorrida na cidade
de Petrópolis em fevereiro de 2022. A proposta é discutir e implementar ações
de mitigação de riscos e proteção do meio ambiente no contexto das urgências
climáticas.
“A ideia dessa jornada é a
gente levantar pontos que possam servir de referência não apenas para o meio
acadêmico, mas para a população em geral. O que nós podemos fazer diante das
mudanças climáticas? Nos últimos anos, nós, da UNIFASE/FMP, implementamos
várias ações e projetos neste sentido”, lembrou o coordenador de Projetos e
Extensão.
Nesse contexto, a instituição, que está situada em um campus parque, rodeado por Mata Atlântica preservada, já incluiu a temática das mudanças climáticas nos cursos de graduação, com o intuito de aprimorar os mecanismos de ensino e estimular o pensamento crítico dos estudantes. Os prédios novos foram projetados com telhado verde, sistema para reaproveitamento da água de chuva e priorizam a iluminação natural. Além disso, a instituição está em processo de implantação da coleta seletiva e mantém, em parceria com entidades da sociedade civil organizada, recolhimento de óleo de cozinha usado, tampinhas de plástico e lacres de alumínio.
“Tudo o que for discutido e proposto na Jornada da Virada Climática será
documentado e deverá constar em documento que vamos levar à Conferência
Municipal de Saúde, em julho, onde será discutido o Plano Municipal de Saúde
para os próximos anos. É essencial incluir a questão climática nesta discussão,
com uma pauta propositiva”, frisou.
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