O Deputado Estadual Yuri Moura (PSOL) apresentou um projeto de resolução na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) que prevê a criação do Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia. A honraria poderá ser concedida a pessoas que tenham se destacado na preservação, restauração ou consolidação do regime democrático, reforçando o compromisso com os valores fundamentais da liberdade e da justiça. O projeto se soma ao impacto da recente vitória do filme “Ainda Estou Aqui”, vencedor do Oscar de Melhor Filme Internacional, uma conquista inédita para o Brasil, que trouxe ao centro do debate a história de Eunice Paiva e sua luta incansável contra a repressão durante a ditadura militar.
Esta não é a primeira iniciativa do parlamentar sobre o tema de Memória, Verdade e Justiça. Militante da pauta desde a juventude, Yuri anunciou, no ano passado, a destinação de R$400mil em emenda parlamentar, através do Deputado Federal Chico Alencar, para a desapropriação e construção de um centro de memória no antigo aparato de tortura conhecido como Casa da Morte, em Petrópolis. Já este ano, o mandato do deputado estadual reuniu representantes da luta por memória para discutir a situação do Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro (APERJ) e do arquivo do Estado do Rio de Janeiro. “A democracia precisa ser constantemente fortalecida e defendida, e o Prêmio Eunice Paiva tem justamente esse objetivo. Eunice foi um símbolo de resistência, e essa honraria busca reconhecer aqueles que seguem seu exemplo, lutando pelo Estado Democrático de Direito”, afirmou Yuri Moura.
O projeto prevê a concessão do prêmio a personalidades brasileiras ou estrangeiras que, por meio de sua atuação profissional, intelectual, social ou política, tenham contribuído de forma notória para a defesa da democracia no Estado do Rio de Janeiro. A proposta estabelece que a cerimônia de entrega não apenas homenageará os agraciados, mas também a memória de Eunice Paiva, ressaltando sua trajetória de luta pelos direitos humanos e pela verdade histórica.
Eunice Paiva tornou-se um símbolo da resistência democrática no Brasil após o desaparecimento forçado de seu marido, o jornalista e político Rubens Paiva, em 1971, durante a ditadura militar. Mesmo sob repressão, ela enfrentou a censura e a violência do regime com coragem, dedicando sua vida à busca pela verdade e à defesa dos direitos fundamentais. Seu legado de luta e resistência é o que inspira a criação do prêmio, que busca reconhecer aqueles que, nos dias de hoje, continuam a atuar em defesa da democracia.
A relevância da iniciativa se fortalece ainda mais com a repercussão internacional do filme “Ainda Estou Aqui”, que retrata a vida e a luta de Eunice Paiva. A obra, que foi indicada ao Oscar e consagrada como Melhor Filme Internacional, ampliou a visibilidade da história e reforçou a importância de manter viva a memória dos que enfrentaram o autoritarismo para garantir um futuro democrático ao país. “O sucesso do filme mostra que a luta de Eunice Paiva não foi em vão. Sua história precisa ser lembrada para que nunca mais aceitemos retrocessos democráticos. A criação desse prêmio é uma forma de garantir esse reconhecimento e incentivar novas gerações a continuarem essa luta”, destacou Yuri.
A indicação das personalidades ao prêmio deve ser justificada e acompanhada do currículo do indicado. Após aprovação, o projeto prevê a entrega de um diploma com a imagem estilizada do busto de Eunice Paiva, acompanhado da inscrição “Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia” e da descrição das contribuições que levaram à sua concessão.
Mais informações podem ser obtidas através do Facebook, Instagram e Youtube @yurimourarj, bem como do WhatsApp (24) 99955-2730.
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