Maria Eduarda Andrada e Mariana Batista se formaram em Bacharelado em Turismo pelo Cefet/RJ Uned Petrópolis em 2024. O estudo inédito realizado por elas para o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), sob a orientação do professor Rafael Castro, virou artigo e foi publicado em fevereiro deste ano na Revista Brasileira de Pesquisa em Turismo (RBTUR), da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Turismo (ANPTUR).

 

Intitulado “Acessibilidade aeroportuária para passageiros neurodivergentes: uma pesquisa global sobre iniciativas e suas implicações”, o trabalho analisou as estratégias adotadas por aeroportos para promover a acessibilidade para pessoas com neurodivergências, como autismo, dislexia, transtorno de déficit de atenção, entre outras. A partir de uma extensa revisão bibliográfica e uma pesquisa exploratória, o estudo constatou que os grandes aeroportos tendem a priorizar ações de acessibilidade mais simples e de baixo custo, em detrimento de mudanças estruturais mais abrangentes.

 

Mariana e Maria Eduarda



Maria Eduarda contou que foram cerca de três anos de pesquisa até a finalização do trabalho. “Desde o início da faculdade, escolhi esse tema inspirado pela minha irmã, que possui condições que exigem mais acessibilidade e inclusão. Foi um processo desafiador, mas todo o esforço valeu a pena, pois o resultado final contribui para uma causa que considero fundamental para a inclusão e a melhoria dos serviços de transporte aéreo pelo mundo inteiro”, destacou.

 

Mariana Batista descreveu a pesquisa e a escrita do artigo como um processo árduo e enriquecedor. “Esse reconhecimento é fruto de um trabalho que demandou muito esforço e, ao mesmo tempo, representa uma chance de impulsionar o debate sobre acessibilidade no turismo. Saber que nossa pesquisa pode inspirar novas reflexões e servir como base para outros estudos me deixa extremamente feliz”, ressaltou.

 

O professor Rafael Castro, coautor do artigo, reforçou a importância da pesquisa para o desenvolvimento acadêmico, profissional e pessoal dos alunos. “No caso da Maria Eduarda e da Mariana, elas se dedicaram verdadeiramente ao trabalho e conseguimos lograr essa publicação importante com um trabalho inédito. Ninguém havia ainda feito esse levantamento que elas fizeram. Tenho certeza de que essa experiência fez toda a diferença na formação das alunas e eu sou muito grato por ter podido orientá-las”, frisou.


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