Após a falha do limitador de altura como barreira contra veículos pesados, a CPTrans deve instalar câmeras de monitoramento, além de aplicação de multas severas para coibir o tráfego irregular na Ponte do Arranha-Céu, em Itaipava. A medida busca conter os danos à estrutura, que segue sem obras de recuperação definitiva e continua vulnerável à circulação de caminhões e ônibus. No entanto, para a UNITA – Unidos por Itaipava, apenas a fiscalização remota não é suficiente. E a aplicação de multas após a passagem dos veículos pesados não vai garantir segurança. O assunto foi tratado em reunião com o Ministério Público Federal na terça-feira (25), encontro com a presença de representantes da Concer, NovAmosanta e Departamento Nacional de Infraestrutura em Transportes (DNIT).
A UNITA defende que uma
barreira física seja implementada para impedir de fato a passagem de veículos
pesados e evitar novos riscos à ponte. Além disso, cobra providências urgentes
das autoridades responsáveis, incluindo a Concer, concessionária da BR-040,
para reforçar a sinalização na rodovia antes do acesso à ponte, alertando da
proibição de veículos pesados sobra a estrutura.
A audiência no MPF resultou em
determinação de prazos para a entrega de documentos pela CPTrans como relatório
de vistoria da Defesa Civil sobre os riscos da ponte e ainda laudo da empresa
contratada pelo DNIT sobre quanto de carga a estrutura suporta. O DNIT terá de
apresentar ainda, em 30 dias, projeto executivo da obra de recuperação da Ponte
do Arranha-Céu.
“A retirada do limitador de
altura deixou a ponte exposta novamente. As câmeras e multas são um avanço, mas
sem barreiras físicas e uma sinalização mais clara ao longo da BR-040,
motoristas continuarão desrespeitando as restrições. Estamos alertando para um
risco real, que já foi reconhecido judicialmente, mas segue sem solução
definitiva”, afirma Alexandre Plantz, presidente da UNITA.
O limitador de altura foi uma
medida paliativa implementada pela prefeitura, por meio da CPTrans, no dia 06
de março, para impedir a passagem de veículos pesados. No entanto, a falta de
fiscalização fez com que motoristas desrespeitassem a restrição. Em menos de 48
horas após a instalação, o limitador já havia sido danificado e há cerca de 10
dias a estrutura foi suprimida depois de, pela terceira vez, ter sido
danificada.
A entidade já encaminhou
ofícios ao DNIT, à Concer e a outros órgãos responsáveis, solicitando ações
emergenciais, incluindo a antecipação da obra de duplicação da ponte, prevista
apenas para 2030, e medidas de reforço na fiscalização. Novos comunicados estão
sendo enviados alertando sobre o risco iminente. A UNITA soma esforços aos
apelos da NovAmosanta, associação de moradores do distrito que trabalha em prol
da mobilidade e outras melhorias para Itaipava. A NovAmosanta vem acompanhando
de perto a situação com representantes nas audiências judiciais.
“O perigo é evidente e não
podemos esperar uma tragédia para que soluções concretas sejam adotadas.
Seguiremos cobrando providências para garantir a segurança da população e a
mobilidade na região”, destaca Fabrício Santos, secretário da UNITA.
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