Em alusão ao Dia Mundial de Combate à Tuberculose, celebrado em 24 de março, o Dr. Mauro Zamboni, pneumologista do Hospital Santa Teresa, alerta para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado da doença. A tuberculose, embora seja uma enfermidade antiga, ainda representa um desafio para a saúde pública, especialmente em populações mais vulneráveis.


De acordo com o Dr. Zamboni, os sintomas da tuberculose podem ser confundidos com os de outras doenças respiratórias, mas é preciso atenção redobrada quando há tosse seca ou produtiva por mais de 3 semanas, expectoração sanguinolenta, febre vespertina, sudorese noturna e emagrecimento. "Esses sinais, especialmente quando combinados, devem servir de alerta para buscar avaliação médica imediata", reforça o especialista.


O diagnóstico da doença é feito por meio de exames específicos, como radiografia do tórax, baciloscopia no escarro para identificar a presença do bacilo de Koch, cultura para micobactéria e teste rápido molecular para tuberculose. "O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento o quanto antes e evitar complicações ou a transmissão para outras pessoas", explica o especialista.


O tratamento é eficaz e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS). Ele é dividido em duas fases: na primeira, utiliza-se o esquema RHZE (rifampicina, isoniazida, pirazinamida e etambutol); na segunda, o esquema RH (rifampicina e isoniazida). "O tratamento dura 6 meses, e é essencial que o paciente siga as orientações médicas à risca, sem interrupções. A irregularidade no uso dos medicamentos pode levar à resistência bacteriana, complicando o quadro", alerta o pneumologista.


A tuberculose é uma doença contagiosa, transmitida por meio de gotículas de saliva expelidas durante a tosse, espirro ou fala. Para evitar a transmissão, o Dr. Zamboni recomenda manter o ambiente bem ventilado, proteger a boca ao tossir ou espirrar e evitar aglomerações, especialmente em locais fechados. "Pacientes em tratamento devem seguir as orientações de isolamento até que o médico libere a convivência social", complementa.


A recorrência da doença e a resistência aos medicamentos são riscos reais, especialmente quando o tratamento é interrompido precocemente ou realizado de forma irregular. "Isso pode tornar a doença mais difícil de ser tratada, exigindo esquemas terapêuticos mais complexos e prolongados", destaca o médico.


A prevenção inclui a vacina BCG, aplicada em crianças ao nascer, que protege contra as formas mais graves da doença, além de proteger a boca ao tossir ou espirrar e manter hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e evitar o tabagismo. "A vacinação é uma das principais armas contra a tuberculose, especialmente para crianças", ressalta o Dr. Zamboni.


Crianças de 0 a 5 anos e idosos estão entre os grupos mais vulneráveis à tuberculose. "Nas crianças, a imunidade ainda não está totalmente formada, enquanto nos idosos, há maior probabilidade de novas infecções ou reativação da doença", explica o pneumologista. Além disso, pessoas com imunossupressão, como pacientes com HIV, diabetes, tabagismo ou outras condições crônicas, também têm maior risco de contrair a doença.


Por fim, o médico do HST reforça a importância da conscientização sobre a comorbidade: "A doença tem cura, mas o sucesso do tratamento depende do diagnóstico precoce, da adesão ao tratamento e da prevenção. Todos nós podemos contribuir para reduzir os casos e evitar a transmissão". Para mais informações, procure um pneumologista ou a unidade de saúde mais próxima. A tuberculose é uma doença séria, mas com o cuidado adequado, é possível vencê-la.


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