Foto: Reprodução Web 


Morreu nesta segunda-feira, aos 88 anos, Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco. A informação foi confirmada pelo Vaticano no início da manhã, horário de Roma. Primeiro pontífice latino-americano da história da Igreja Católica, Francisco deixa um legado marcado por gestos de humildade, reformas simbólicas e o compromisso radical com os marginalizados.


A despedida começa como manda a tradição: o corpo será velado na Basílica de São Pedro, onde os fiéis poderão orar diante do caixão. No entanto, o funeral rompe com séculos de protocolos vaticanos — por decisão do próprio papa. Em vida, Francisco simplificou os rituais fúnebres reservados aos papas: não quis o corpo exposto fora do caixão nem o tradicional catafalco no centro da basílica.


Em abril de 2024, com lucidez e serenidade incomuns, Francisco antecipou seu próprio adeus. Disse, com voz calma, que “tudo já estava pronto” para o seu sepultamento. Na mesma ocasião, revelou o desejo de descansar na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma, e não na necrópole de São Pedro, onde repousam 91 de seus antecessores. Um gesto coerente com sua trajetória: o papa que nasceu longe dos centros do poder, recusou privilégios, optou pela misericórdia e viveu cada gesto como um testemunho de fé encarnada.


Francisco — que, ao ser eleito em 2013, se autodenominou “bispo de Roma vindo do fim do mundo” — encerra um ciclo profundamente transformador na Igreja. Seu funeral culminará com a missa de corpo presente na Praça de São Pedro, num último encontro com os fiéis do mundo todo, antes do enterro na basílica que tanto amava, dedicada à Virgem Maria.


O mundo se despede não apenas de um líder religioso, mas de uma figura histórica que devolveu à Igreja o frescor da simplicidade evangélica.

Post a Comment

Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.

Postagem Anterior Próxima Postagem

PUBLICIDADE