O trecho da Serra das Araras, na BR-116 (Via Dutra), conhecido como um dos maiores gargalos logísticos do país, passa por uma transformação com 25% das obras concluídas no primeiro ano de execução. O diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, acompanhou o presidente Lula e o ministro dos Transportes, Renan Filho, em visita técnica às obras nesta terça-feira (15/4), no Rio de Janeiro.


O projeto, conduzido pela concessionária CCR RioSP, prevê a modernização completa da rodovia, com oito faixas (quatro por sentido), 24 viadutos, rampas de escape, passarelas, acostamentos, iluminação total, sinalização digital, monitoramento por câmeras e uso de asfalto-borracha. Serão instalados também PMVs (Painéis de Mensagem Variável) e adotadas medidas de preservação ambiental.


Cerca de 50% do PIB do país circula pela Via Dutra, com mais de 390 mil veículos por mês — 36% deles caminhões. Com a nova Serra das Araras, a velocidade média passará de 40 km/h para 80 km/h, reduzindo o tempo de viagem em até 50% na descida (sentido Rio) e 25% na subida (sentido São Paulo).


Segundo o diretor-geral da ANTT, a obra representa um avanço em segurança, mobilidade e desenvolvimento. “Estamos resolvendo um problema histórico com eficiência, dignidade e respeito a quem depende da estrada”, afirmou.


O investimento de R$ 1,5 bilhão conta com apoio do BNDES e a maior emissão de debêntures incentivadas da história do país. Mais de 2 mil trabalhadores já atuam nas 34 frentes de serviço, com expectativa de gerar até 5 mil empregos diretos e indiretos. A maioria é de municípios vizinhos, como Piraí e Paracambi.


O projeto também inclui ações sociais, como a construção da Praça das Frutas para produtores locais e cursos gratuitos de capacitação e empreendedorismo.


A entrega final está prevista para 2029, mas os primeiros resultados já aparecem: um viaduto de 50 metros será entregue em maio de 2025. Atualmente, 25 frentes de obra seguem em ritmo acelerado.


“O que vimos aqui é um Brasil que planeja, executa e acredita na força do trabalho. A Serra das Araras já é símbolo de um país que dá certo”, concluiu Guilherme Theo Sampaio.

 

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