Mesmo com a indicação de
demolição por apresentar risco de colapso, a Ponte do Arranha-Céu, em Itaipava,
segue sendo utilizada por motoristas, inclusive de veículos pesados. A Unidos
por Itaipava (UNITA) alerta que a estrutura, localizada no km 68 da BR-040,
continua vulnerável, sem fiscalização efetiva, com sinalização precária e sem
qualquer medida concreta para impedir a passagem de caminhões e ônibus. A ponte
foi condenada em laudo técnico e está prevista para ser substituída pela nova
concessionária da BR-040, que deve assumir em agosto – após leilão agendado
para o fim deste mês. Até lá, porém, segue com medidas paliativas ineficientes.
Em ofício encaminhado ao movimento pelo Departamento Nacional de Infraestrutura
de Transportes (DNIT), o órgão federal aponta que uma obra emergencial deve ser
de atribuição da nova operadora da BR-040.
Para a UNITA, o risco é
iminente e o impasse administrativo não pode justificar uma solução imediata. A
entidade aponta que o limitador de altura, instalado pela CPTrans como medida
paliativa, não consegue restringir o tráfego pesado, foi danificado repetidas
vezes e, não é a medida ideal. “A ponte vai ser demolida porque está
comprometida. Mas até lá, segue aberta, sem fiscalização, sem barreira física,
sem aviso claro na BR-040. É uma tragédia anunciada”, afirma Alexandre Plantz,
presidente da UNITA.
A resposta do DNIT ao ofício
da UNITA confirma que a ponte será demolida e substituída por uma nova obra de
arte especial (OAE), com duas faixas de rolamento. Porém, como o projeto está
incluído na nova concessão do sistema rodoviário da BR-040/495, e a concessionária
só assumirá em 15 de agosto, o órgão declara não dispor de tempo hábil para
qualquer intervenção emergencial no local. O DNIT menciona a instalação de
placas de limitação de peso e um delimitador de altura – que, na prática, não
têm surtido efeito.
A UNITA argumenta que,
enquanto a ponte estiver em uso, o poder público tem o dever de garantir a
segurança dos motoristas e moradores da região. “Temos alertado, denunciado,
apresentado ofícios, mas a ponte segue exposta ao tráfego irregular. Esperar a
chegada da nova concessionária é arriscado”, diz o secretário da UNITA,
Fabrício Santos.
A entidade cobra reforço
imediato da sinalização na rodovia antes do acesso à ponte, instalação de
barreiras físicas eficazes e fiscalização rigorosa. A UNITA também reitera o
apelo para que o Ministério Público Federal mantenha a pressão sobre os órgãos
responsáveis. “O perigo é real, foi reconhecido judicialmente”, aponta
Alexandre Plantz.
Postar um comentário
Gostou da matéria? Deixe seu comentário ou sugestão.